• Manifestantes fazem ato em São Paulo contra Prevent Senior e governo Bolsonaro

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  • 30/09/2021 15:36
    Por Redação, O Estado de S.Paulo / Estadão

    Em meio às investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, dezenas de manifestantes ligados ao Levante Popular da Juventude realizaram protesto na manhã desta quinta-feira, 30, em frente a sede da Prevent Senior, empresa investigada pela comissão por suspeita de ter pressionado médicos a receitarem remédios do chamado “kit covid” – sem eficácia comprovada – e ter conduzido estudo em pacientes diagnosticados com a doença sem consentimento.

    No ato, chamado de “Justiça aos mortos da covid-19”, os manifestantes jogaram tinta vermelha na fachada da empresa, localizada na Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo. Além disso, na calçada foi escrito “assassinos” em tinta branca. Também havia no local um manifestante usando máscara com o rosto do presidente Jair Bolsonaro, carregando uma “caixa de kit covid” e uma faixa presidencial com a palavra “assassino”.

    No local, os manifestantes gritavam palavras de ordem, como “Fora, Bolsonaro” e “Prevent assassina”. Eles carregaram cartazes com frases contra a empresa e o presidente. Uma delas, “óbito não é alta”, fazia referência ao depoimento da advogada Bruna Morato, representante dos médicos que produziram um dossiê contra a empresa, que falou à CPI na última terça-feira.

    A Prevent Senior também é acusada de adulterar o registro de casos de coronavírus atendidos na rede, entre eles, o médico Anthony Wong e a mãe do empresário Luciano Hang, como revelou o Estadão.

    A ação dos manifestantes foi rápida e sem confronto. Os seguranças da Prevent Senior fecharam os portões de entrada do prédio, mas não se aproximaram do grupo. Depois do encerramento do ato, a Polícia Militar chegou ao local.

    Nesta quarta, 29, o Ministério Público de São Paulo começou a receber os documentos reunidos pela CPI da Covid sobre a Prevent Senior para subsidiar os primeiros passos da investigação da força-tarefa paulista em torno da conduta da operadora de planos de saúde na pandemia. Por ordem do procurador-geral da Justiça do Estado, Mário Sarrubbo, a apuração deverá receber “atenção total” pelos próximos meses.

    Enquanto estruturam o inquérito, os oito procuradores deslocados para o caso também analisam quem deverá ser ouvido em breve. A expectativa é que os depoimentos comecem a ser tomados entre o fim desta semana e o início da semana que vem.

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