Estudantes vão às ruas contra sucateamento de escolas do Estado

Na tarde desta quarta-feira, às 13h, grêmios estudantis e alunos da Rede Estadual de ensino de Petrópolis se reuniram na Praça Dom Pedro para manifestar a insatisfação com relação ao sucateamento das unidades. Mais de 100 jovens do Colégio Estadual Irmã Cecília Jardim, Colégio Estadual Rui Barbosa, Escola Estadual Cardoso Fontes, Escola Estadual Cândido Portinari, Escola Estadual Dom Pedro II, Escola Estadual Embaixador José Bonifácio e CIEP Gabriela Mistral compareceram ao evento. O movimento foi apoiado pela Associação Petropolitana dos Estudantes (Ape) e pela União da Juventude Socialista (UJS) de Petrópolis.

A manifestação também foi em apoio à paralisação dos professores de várias unidades estudantis do estado. Entre as principais reclamações estão: o método de ensino aplicado atualmente, a falta de estrutura, apoio aos alunos por parte da direção de algumas unidades quando ocorrem brigas e outros tipos de conflitos nas escolas e de itens básicos necessários para o funcionamento diário como papel higiênico, canetas para os professores, folha A4 para imprimir provas e outros conteúdos acadêmicos, merenda escolar, porteiros, apagadores, itens de limpeza, entre outras coisas. 

“Sabemos que o país está em crise, mas a Educação não pode pagar o pato. O problema é do Estado, dos empresários e dos governantes e não dos estudantes. Além disso, ficamos chocados com o fato de termos sido barrados de entrar nas salas das escolas para informar aos alunos da manifestação. A determinação de barrar o nosso movimento e também os próprios grêmios escolares veio da Secretaria de Estado de Educação Serrana I, Seeduc. A solução que encontramos foi convidar os alunos para nos reunirmos na rua”, desabafou Caroline Chiavazzoli, presidente da Ape.

Segundo os alunos, o problema da falta de infraestrutura não é uma novidade. Isso porque a falta de professores e materiais básicos começou no ano passado. “No Colégio Estadual Rui Barbosa estamos com quatro professores tendo que dar aulas para 1.537 alunos em três turnos! Não tem profissional que aguente e, claro, nós sofremos com isso. O jeito é liberar todo mundo cedo. No meu caso é ainda pior, pois não estou tendo nenhuma aula. Isso é um absurdo e alguém tem que tomar uma providência. Com relação ao impedimento por parte da Seeduc de entrarmos nas salas de aula para falar com os outros alunos sobre a manifestação, posso classificar apenas como lamentável, afinal eles estão sem luz! A crise também chegou até eles e nós que mal podemos usar os laboratórios de informática das escolas ficamos assistindo a eles trabalhando lá como se nada de grave estivesse acontecendo”, salientou o estudante da unidade Bruno da Silva.

Não consegui contato com ninguém do Sepe

Faltam duas respostas do estado, porque mandei dois e-mails diferentes