• Viana acha que Giovani terá chances em 2020

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  • 16/06/2017 10:05

    O experiente e vencedor Henrique Viana é um treinador de atletismo sem meia palavras. O mineiro que, quando jovem escolheu Petrópolis para morar e trabalhar, fez mais do que isso: montou a equipe Pé de Vento, estabelecendo uma relação aberta com os corredores, ao mesmo tempo muito sincera. Por isso, em entrevista a Tribuna, ele fala abertamente sobre a preparação da equipe visando emplacar atletas na seleção brasileira que vai aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

    TRIBUNA – Doutor Henrique, a Pé de Vento está desenvolvendo um trabalho de alto nível há 30 anos, em Petrópolis. Qual a influência que a equipe tem no crescimento da corrida de rua na cidade? Ou você acha que esse fenômeno ocorre em todo o país?

    Henrique Viana – “Na verdade é um fenômeno que ocorre em todo o país. Aqui, em Petrópolis, a Pé de Vento tem desde sua fundação em 1983 contribuído com a expansão da corrida de rua.”

    TRIBUNA – Qual a contribuição que a corrida de rua pode trazer para a vida das pessoas. Quais são seus principais benefícios?

    Henrique Viana – “Os esportes de longa duração, como caminhada e corrida, têm contribuído muito com a saúde da população. Os melhores benefícios são atribuídos a proteção ao aparelho cardiovascular, coração e vasos sanguíneos. Também melhora o aparelho respiratório o humor disposição, sistema sanguíneo e até no seu sistema imunológico.”

    TRIBUNA – Qual a corrida de rua, realizada lá no passado, que trouxe maior emoção para o senhor aqui em Petrópolis, que lhe traz uma excelente recordação?

    Henrique Viana – “Talvez por ser a primeira vez, creio ser a vitória do Ronaldo da Costa na São Silvestre em 1994”.

    TRIBUNA – Qual o papel que a Pé de Vento pode desempenhar nesses novos tempos da corrida de rua, enfatizando Petrópolis?

    Henrique Viana – “Creio ser uma sequência no trabalho que fazemos. Entretanto, com a participação do Poder Público na gestão Bernardo Rossi, podemos dar um salto no esporte da cidade na construção de uma pista na cidade.  Na verdade, sentimos envergonhados até, por fazermos um trabalho de tão destaque, o melhor do país,  sem uma pista. Quando falamos que não temos pista, as pessoas fora do Rio e exterior não acreditam.  Isto é, no mínimo, incompreensível. Também falta um trabalho nas escolas, com atividade de corrida e descoberta de talentos. Estamos a disposição”.

    TRIBUNA – Falando da equipe, a Pé de Vento tem planos para emplacar um ou mais atletas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020? E sobre o Campeonato Mundial, que neste ano acontece em Londres? Dá para levar o Giovani dos Santos?

    Henrique Viana – “O nível ficou muito forte ultimamente, com as novas exigências da CBAt, mas estamos tentando o índice nos 10.000 metros.  Infelizmente, por restrição financeira, estas marcas deveriam ser buscadas lá fora com nível melhor de atletas e provas com clima mais apropriado. Para Tóquio 2020, estamos apostando em novos talentos, inclusive nas categorias de base”. 

    TRIBUNA – Falando de Giovani, em que condição está hoje o atleta? Ele, afinal, é o melhor do fundo brasileiro?

    Henrique Viana – “Sim. Hoje ele se destaca e é o único atleta com chances reais de conseguir índice nos 10.000 metros”.

    TRIBUNA – Deixando de lado o Giovani, qual ou quais são os atletas mais promissores da Pé de Vento para os próximos anos?

    Henrique Viana – “Temos uns atletas como Joziane e alguns novos como Antônio Wilson, Jormen, Silvano, Larissa e Regina. Também estamos buscando atletas nas categorias de base sub-20 e sub-18”.

    TRIBUNA – Por fim, como vê o papel do Poder Público local no estímulo a prática da corrida de rua. O que poderia se fazer para levar mais pessoas para o pedesrianismo?

    Henrique Viana – “Na hora em que o Poder Público se conscientizar que investir nas caminhadas e corridas de rua dá lucro para os cofres públicos, tudo pode mudar. Hoje, sabemos que a cada dólar gasto nas corridas de longa distância se lucra cinco dólares. Fazer atividade física faz com que a população adoeça menos, procurando menos os hospitais e faltando menos ao trabalho.”

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