• Entidade religiosa que concentra a maior dívida das igrejas com a União é de um morador de Petrópolis

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  • 28/09/2021 18:58
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    Atualmente, 9.230 instituições religiosas têm dívidas inscritas na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), juntas devem R$ 1,9 bilhão em impostos atrasados. Mas, entre os devedores, uma parcela pequena é responsável pela maior parte das dívidas. E a instituição religiosa que lidera esse ranking tem como presidente o publicitário José Augusto Cavalcanti Wanderley, morador de Itaipava. 

    A reportagem publicada nesta terça-feira (28) pelo repórter Eduardo Militão, do portal UOL, mostra que a Instituição Geral Evangélico, com sede no Rio de Janeiro, deve R$ 526 milhões em Fundo de Garantia, imposto de renda, contribuições ao INSS e Cofins. A instituição é ligada à José Augusto, que é proprietário da Casa Pequeno Príncipe – La Grande Valle, que fica em Itaipava.

    A Tribuna tentou contactar o publicitário diversas vezes pelos números de telefones disponibilizados pela Casa Pequeno Príncipe e até a publicação não conseguiu contato. 

    Essas 16 entidades religiosas que formam o ranking principal devem juntas R$ 1,6 bilhões em impostos, são instituições evangélicas, católicas, espíritas e islâmicas espalhadas pelo país. Segundo a reportagem, a lista faz parte das entidades que são comandadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que atuou pelo perdão a dívidas tributárias de igrejas. 

    No Brasil, as entidades religiosas são isentas de tributos, mas quando essas instituições atuam como empresas, o que é considerado fraude pela Receita Federal, passam a ser obrigadas a recolher Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido. 

    No ranking entram na segunda posição a igreja Ação e Distribuição, com R$ 388 milhões em dívidas. A reportagem apurou que essa instituição sequer existe. Foi registrada em 2004 em nome de um funileiro aposentado, já falecido. O terceiro do ranking é a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, com R$ 153 milhões em dívidas. 

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