• Atenção: Macacos não transmitem febre amarela

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  • 04/06/2017 07:00

    A Secretaria de Meio Ambiente e a Coordenação de Vigilância Ambiental apelam à população para que não matem macacos encontrados próximos às matas. A união dos órgãos neste sentido visa a segurança da própria população: os macacos são “sentinelas” no caso de febre amarela, ou seja, são os primeiros a morrer com o contágio em ambiente silvestre, servindo de alerta para que sejam adotadas medidas de controle e de combate ao mosquito transmissor da doença.

    As secretarias estão unidas para investigar as mortes de oito primatas que ocorreram na última semana no município. Há suspeitas de que os macacos foram mortos por espancamento ou envenenamento. Agredir ou matar macacos é crime ambiental e prejudica o trabalho de prevenção dos casos de febre amarela. 

    A Lei n° 9.605/98 estabelece detenção de seis meses a um ano e multa para quem matar perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. A pena é aumentada em 50% quando o crime é praticado contra espécies ameaçadas de extinção. 

    O secretário de Meio Ambiente, Fred Procópio afirma que a Secretaria vai reforçar a fiscalização para que os casos de agressão ganhem punição no município.

    “As multas variam de R$ 200 até R$ 2 mil por animal vítima de maltrato. Como aconteceram as mortes, a pessoa que comete esse crime pode ser presa. A pena prevista é de três meses até um ano. Nós vamos trabalhar integrados à Vigilância Ambiental. O primeiro passo é reforçar a informação à população de que o macaco não transmite a febre amarela, paralelo a isso vamos investigar os casos de violência”, avalia o secretário Fred Procópio.

    A coordenadora de Vigilância Ambiental, Maria Beatriz Fagundes Pellegrine disse que outros dois micos foram resgatados ainda com vida e que seguem em observação em uma clínica veterinária.

    “O que nos chama atenção é o fato de cinco macacos morrerem ao mesmo tempo e no mesmo lugar. Ainda encontramos outros dois sobreviventes que estão em observação em uma clínica veterinária. Em todos foram colhidas amostras para análise por intoxicação, mas dos cinco enviados já na necrópsia surgiu a suspeita por envenenamento. O laudo vem apenas para nos confirmar essa intoxicação proposital”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental, Maria Beatriz Fagundes Pellegrine.

    Vigilância Ambiental tem plantão especial para recolher os animais

    A Coordenação de Vigilância Ambiental está atuando também aos fins de semana e feriados para auxiliar a população caso encontre um animal sem vida ou debilitado. A Vigilância Ambiental pode ser acionada pelo telefone: (24) 2291-1797 todos os dias de 8 às 17h, inclusive aos sábados, domingos e feriados.

    O secretário de Saúde, Silmar Fortes, orienta que a população não toque nos primatas para não comprometer a análise laboratorial. 

    “A população não corre risco de pegar febre amarela por meio desses animais, a doença é transmitida por mosquitos que se encontram apenas em áreas de mata fechada. Todos os macacos encontrados doentes ou mortos precisam seguir para centros de reabilitação e também para laboratórios de referência para serem examinados, por conta disso, criamos um plantão para que a população ligue e solicite a retirada dos animais com segurança”, orienta Silmar Fortes.

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