• A expansão da Bíblia

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  • 25/05/2017 08:00

    Apesar de uma recente resolução da ONU negar que o Estado de Israel tenha conexão com o Monte do Templo, o fato é alvo de uma grande discussão, que hoje anima as autoridades judaicas, como o presidente Reuven Rivlin. Ele lançou a “iniciativa 929”, que representa um esforço para que todos os residentes no Estado de Israel leiam trechos da Bíblia, todos os dias, abrangendo os seus 929 capítulos, onde inclusive as suas controvérsias poderão ser debatidas.

    Já existe um site oficial relativo ao projeto. Israelenses de todas as origens escrevem artigos sobre o que eles pensam a respeito dos versículos bíblicos que estão sendo lidos. Um aplicativo ajuda os leitores a lembrar o capítulo que deve ser lido a cada dia e assim se registra o progresso quanto ao aprendizado. Nada mais enriquecedor.

    Quanto ao Monte do Templo, o local é considerado sagrado pelos judeus, pois lá teriam sido construídos o Primeiro e o Segundo Templos, de tanta significação para a sua história.

    Numa visita feita aos estúdios, em Itaipava, discutimos com os produtores do projeto brasileiro e mais o locutor Cid Moreira os caminhos a serem seguidos para alcançar o sucesso. Pude ouvir trechos do que já estava pronto e me deliciar com histórias como as relativas ao profeta Isaías, por quem nutro uma especial deferência: “… dizer ao justo que ele será bem-sucedido, pois comerá o fruto dos seus conselhos… Povo meu os que te chamam bem-aventurado, esses mesmos te enganam, e destroem o caminho dos teus passos… O Senhor entrará em juízo com os anciãos do seu povo, e com os seus príncipes: porque vós tendes comigo a minha vinha, e a rapina feita ao pobre se acha em vossa casa… Por que razão meteis vós debaixo dos pés o meu povo, e moeis às pancadas os rostos dos pobres, diz o Senhor Deus dos Exércitos?”

    E mais adiante, ainda no capítulo sobre Isaías: “Ai dos que estabelecem leis iníquas: e escrevendo, escreveram injustiças: para oprimirem aos pobres em juízo, e fazerem violência à causa dos fracos do meu povo: para as viúvas serem a sua presa, e roubarem os bens dos pupilos. Que fareis vós no dia da visita, e da calamidade que vem de longe? A quem terei vós recurso? E onde deixareis a vossa glória, para não ficardes encurvados debaixo do peso das cadeias, e para não cairdes com os mortos? Depois de todos esses males não se apartou o seu furor, mas ainda está alçada a sua mão.”

    Mais adiante, vêm as profecias apocalíticas (poucos se salvarão, culpas e castigos, cântico de vitória, banquete divino e felicidade dos justos, triunfo final, os juízos de Deus, cântico da vinha, o destino de Israel, reunificação nacional). São temas muito ricos, sobre os quais, depois de cada leitura, muito se poderá refletir e raciocinar sobre os desígnios humanos e a providência divina, em que se incluem a bondade de Deus e a conversão dos povos.

    Como se vê, é uma oportunidade talvez única de pensar sobre a riqueza da vida.

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