• MPF cobra da Secretaria de Planejamento medidas contra os proprietários da casa Franklin Sampaio

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  • 21/05/2017 07:00

    O Ministério Público Federal (MPF) oficiou esta semana a Secretaria de Planejamento solicitando informações sobre quais medidas estavam sendo aplicadas contra os proprietários da casa Franklin Sampaio devido ao avançado estado de abandono do imóvel que fica localizado no Centro Histórico, em frente a Praça da Liberdade. O MPF também oficiou os responsáveis pelo casarão cobrando a reforma e restauração do imóvel, além de pedir informações sobre uma possível venda.

    Os ofícios são desdobramentos de um procedimento instaurado pelo Ministério Público Federal em 2004, quando surgiram as primeiras denúncias de abandono. Construída em 1874, o imóvel está em ruínas apresentando rachaduras e faltando portas e janelas. O casarão foi sede do governo do Estado entre 1894 e 1897, e há um século chegou às mãos da família Sampaio.

    Os moradores do entorno do casarão lamentam o abandono do imóvel. "Há 10 anos moro aqui e vejo diariamente a deterioração. Por se tratar de um bem tombado deveriam ter mais cuidado. A casa é praticamente vizinha da sede do Iphan que não toma nenhuma providência", disse um morador de um prédio ao lado do casarão que preferiu não se identificar. O imóvel é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que não se pronunciou sobre o caso.

    O casarão foi construído para ser residência do primeiro capelão do Império e depois disso passou para outros proprietários. Para a presidente da AMA Centro-Histórico, Myriam Born este é um patrimônio importante para a cidade que está se perdendo. "Infelizmente nesses anos todos de abandono pouca coisa foi feita. Tiraram um tapume que estava na frente do imóvel e instalaram um sistema de segurança devido a furtos que aconteceram. Petrópolis precisa de uma política de preservação municipal. A responsabilidade de preservação desses imóveis deve ser dividida entre União, Estado e Município", concluiu Myriam.


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