Após pressão de pais, Educação recua e garante que não vai fechar escolas
Pais de alunos da Escola Municipalizada Sebastião Lacerda, no Rocio, e da Escola Antônio José de Lima, no Brejal, comemoraram uma vitória ontem: a Secretaria de Educação recuou na decisão de fechar as unidades de ensino. A proposta de fechamento dessas e de pelo menos mais uma escola (a Soroptimista, no Pedras Brancas), anunciada pela Prefeitura em reuniões com pais de estudantes, foi denunciada pela Tribuna na semana passada e levou a 1ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Comarca de Petrópolis a abrir inquérito civil para verificar possíveis irregularidades. Uma outra unidade – a Professor Prado, em Araras, já foi fechada e os alunos, transferidos para as escolas Santa Bernardete e Professor Paulo Monte.
Em entrevista à Tribuna na última sexta-feira, o promotor Vicente de Paula Mauro Junior classificou a decisão de fechar as unidades como um “retrocesso”. Ele garantiu que, caso a Prefeitura insista em fechar unidades, entrará na Justiça com pedido de medida cautelar para impedir o encerramento das atividades.
Apesar de garantir que as unidades não serão fechadas, o governo municipal deixou claro que fará mudanças e reiterou proposta de realocar os alunos em escolas onde o ensino “esteja regular, dentro das diretrizes da Educação”. A mudança, no entanto, seria opcional, segundo o secretário Anderson Juliano. Em nota enviada à Tribuna ontem, a Secretaria de Educação informou, com relação às escolas do Brejal e do Rocio, que “busca junto aos pais uma solução para as classes multisseriadas. São alunos de diferentes séries que têm aulas em uma mesma turma, com o mesmo professor, prejudicando, assim, o aprendizado”.
Segundo a secretaria, há 29 alunos nessas turmas no Brejal e 36 no Rocio.