• Tóquio 2020: atletas revelam aprendizados do esporte que aplicam em seus negócios

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  • 03/08/2021 16:27
    Por Redação / Tribuna de Petrópolis

    O Sebrae entrevistou medalhistas olímpicos e de outras competições que hoje são empreendedores. Persistência, disciplina, proatividade, trabalho com metas e objetivos bem definidos são algumas das características que esportistas levam para o mundo dos negócios quando decidem empreender

    Adriana Samuel, medalhista olímpica por duas vezes, pioneira nos jogos de vôlei de praia feminino nas Olimpíadas, em 1996, trouxe medalha de prata, de Atlanta para o Brasil. Nos anos 2000, jogou em Sidney, trazendo para casa o bronze. Pedro Pizarro, campeão brasileiro de remo, com apenas 19 anos de idade, foi convocado para a seleção brasileira. Conquistou várias medalhas, liderou equipes e até hoje treina grandes potências do esporte. As duas personalidades carregam em comum, além da paixão pelo esporte, a atitude empreendedora.

    Já é uma tradição, de quatro em quatro anos as Olimpíadas despertarem multidões de expectadores do mundo inteiro para acompanhar as provas de atletas de excelência. Nesta edição, em Tokyo, são mais de 12 mil esportistas divididos em 46 modalidades em disputa. Além da emoção e do orgulho durante a corrida pelas medalhas, o esporte traz consigo diversas lições que podem ser aplicadas no empreendedorismo. Tanto é que diversos atletas conseguem estruturar seus próprios negócios, ao longo de suas carreiras, aproveitando características fortalecidas no mundo do esporte.

    Foi assim com Adriana Samuel, a ex-jogadora de vôlei. Hoje ela administra três negócios: a Escola Adriana Samuel, o projeto Sem Barreiras, além de uma consultoria em gestão de patrocínios que oferece para outras empresas e atletas. “Os dois primeiros são projetos sociais que já eram latentes em mim, desde a época em que eu treinava. O esporte mudou a minha vida, mudou a vida do meu irmão (Tande) e essa foi uma forma que encontramos de retribuir para a sociedade um pouco disso. A ideia é ensinar, dar oportunidade para tantas pessoas que sonham em ser atletas. Já o trabalho de consultoria, surgiu organicamente. Eu costumo dizer que o vôlei foi a minha faculdade. No começo, a gente não tinha um empresário para buscar patrocínio, treinadores, terapeutas. Eu fazia isso sem imaginar que se tornaria meu ofício hoje em dia”, relembra Adriana.

    De acordo com a atleta, o esporte transformou sua mentalidade, despertando diversos potenciais que ela desconhecia. “Me descobri no esporte, descobri capacidades, descobri paixões. O trabalho que faço hoje pelos atletas, eu fazia por mim e por minha equipe. Tem muito da veia empreendedora nisso. A disciplina, a iniciativa, a tomada de decisões, o apreço pela qualidade e pela eficiência são todas características de empreendedores e de esportistas também”, analisa Adriana.

    “Empreender no Brasil não é fácil, porque você tem um sonho, você imagina sua empresa resolvendo problemas, mas precisa tirar aquelas ideias do papel. São vários nãos ao longo da história, é por isso que você precisa acreditar muito. Ter muita persistência, planejamento, metas e trabalhar com objetivos reais e bem definidos. Tudo isso eu trouxe do esporte. A vida do atleta também é assim. Imagina, ele não pode desistir na primeira derrota, achar que está errado e parar. É preciso recalcular a rota e continuar”, indica a medalhista olímpica e empreendedora.

    Superando desafios do cotidiano

    Dono de uma das maiores academia de remo olímpico da capital federal, a @Crossrowing, o campeão brasileiro Pedro Pizarro, também leva consigo diversas lições do esporte para a vida empreendedora. “Com certeza há muitas similaridades. A gente brinca que o atleta mata um leão por dia. Tem uma prova de remo com 2km, que eu digo para os alunos que quem completa ela é capaz de resolver qualquer problema na vida. A realidade é que o e…

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