• Após ouro no Rio-2016, Thiago Braz fatura o bronze no salto com vara em Tóquio

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  • 03/08/2021 10:28
    Por Raphael Ramos / Estadão

    Campeão no salto com vara no Rio-2016, Thiago Braz voltou a brilhar nos Jogos Olímpicos e faturou o bronze nesta terça-feira (3) em Tóquio. O brasileiro não chegou à final como um dos principais favoritos, mas superou-se com um salto de 5,87m e garantiu o seu lugar no pódio em nova disputa emocionante com o francês Renaud Lavillenie, o mesmo com que travou um duelo acirradíssimo há cinco anos no Engenhão. O ouro ficou com sueco Armand Duplantis (6,02m). Já a prata foi para o americano Cristopher Nilsen (5,97m).

    Foi o segundo bronze do atletismo brasileiro em Tóquio. Antes, Alison dos Santos havia ficado em terceiro lugar nos 400m com barreiras. A prova de Alisson foi pela manhã (horário de Tóquio), mas a cerimônia do pódio para entrega da medalha só ocorreu à noite no estádio Olímpico, já em meio à final do salto com vara de Thiago Braz.

    O bronze de Thiago Braz veio na base da superação. Depois do ouro no Rio, quando saltou 6,03 metros e bateu o recorde olímpico, a expectativa era de que a carreira de Thiago continuasse em ascensão, mas não foi isso que aconteceu. O próprio atleta chegou a afirmar que a sua vida virou “um rebuliço”. Até 2018, ele mesmo considerou que foram dois anos perdidos em relação ao seu aproveitamento técnico.

    Problemas físicos também o atrapalharam muito nesse ciclo olímpico até o bronze em Tóquio. Com lesões nas costelas e na panturrilha, ele não competiu, por exemplo, no Mundial de 2017 em Londres. Dois anos depois, disputou o Mundial de Doha, no Catar, com dores musculares na panturrilha que o prejudicaram.

    Thiago Braz começou a decisão desta terça-feira passando com certa facilidade pela marca dos 5,55m. Quando chegou o momento de saltar os 5,80m, ele acabou falhando na primeira tentativa. Na sequência, aí sim passou pelos 5,80m e avançou para os 5,87m, uma marca que ele ainda não havia saltado esse ano.

    Vários atletas não conseguiram passar dessa altura. Foram os casos do grego Emmanouíl Karalís, do americano KC Lightfoot e do britânico Harry Coppel.

    Em uma prova de altíssimo nível técnico, Duplantis pediu para saltar direto nos 5,92m e aumentou a pressão em cima dos adversários. Restaram, então, quatro atletas na disputa por três medalhas: Thiago Braz, o francês Renaud Lavillenie, Nilsen e Duplantis. Lavillenie, que havia se lesionado durante o aquecimento, não pôde competir 100% fisicamente e acabou falhando em todas as demais tentativas, abrindo caminho para Thiago Braz no pódio.

    O brasileiro também não passou dos 5,92m. Mesmo assim, garantiu o bronze. Depois, restaram apenas Duplantis e Nilsen na disputa, quando o sueco “sobrou” na conquista do ouro com 6,02m, apenas um centímetro abaixo do recorde olímpico obtido por Thiago Braz há cinco anos. O sueco ainda tentou quebrar o seu próprio recorde de 6,18m, mas não passou pelo sarrafo a 6,19m em suas três tentativas.

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