Greve geral marcada para sexta-feira ganha adesão de 16 sindicatos locais
A greve geral prevista para ocorrer nesta sexta-feira (28) em todo país promete chegar a Petrópolis com grande adesão. Representantes de ao menos 16 sindicatos do município têm realizado panfletagem na cidade, com o objetivo de conscientizar as categorias sobre a importância do movimento contra as reformas trabalhista e da previdência, além da Lei da terceirização (já aprovada na Câmara), entre outras ações promovidas pelo Governo Federal que tramitam no Congresso Nacional.
A expectativa maior gira em torno dos rodoviários, que, segundo o representante da categoria, Paulo Pacheco, têm se mostrado a favor da paralisação prevista para ter início às 0h do dia 28 de abril.
O Setranspetro informou que não apoia a paralisação dos rodoviários, por entender que o transporte coletivo se trata de um serviço essencial. Além disso, informa que os profissionais que não comparecerem para trabalhar poderão ter o dia descontado.
O movimento tem envolvimento sindical, popular, de organizações estudantis, comunitárias e demais representantes da sociedade civil. Todos prometem aderir à paralisação e comparecer à passeata marcada para ter início às 17h na Praça da Inconfidência, em direção à Praça Dom Pedro, que irá “coroar” o movimento na Cidade Imperial. Hoje é comemorado o Dia Nacional da Panfletagem e, ele será celebrado justamente dessa forma: com panfletagem nas ruas. A ideia é convidar todos os cidadãos a participar do protesto.
“As pessoas precisam perceber que é melhor perder um dia de trabalho, no caso da adesão a greve na sexta-feira, do que 100 itens da CLT em direitos adquiridos em 50 anos”, disse o representante dos comerciários José Anibal. No material de panfletagem os petropolitanos vão encontrar especificadas todas as medidas relacionadas as reformas, e o impacto que cada uma delas terá na vida dos brasileiros, principalmente dos jovens que ainda não ingressaram no mercado de trabalho. Assim como de divulgação da greve e do ato.
“Com as reformas, os brasileiros terão que trabalhar por mais tempo para conseguir a aposentadoria. A Previdência vai exigir um “pedágio” do trabalhador: será preciso trabalhar 30% a mais do que faltaria para alcançar o tempo mínimo de contribuição pela regra atual (30 anos para mulher e 35 anos para homem) na data da entrada em vigor. Em fase mais adiantada de apreciação está a reforma trabalhista, que teve o regime de urgência aprovado e deverá ter o texto votado hoje em plenário.