Em prostíbulos não há virgens
Convenhamos, todo político quer ser “flor imaculada” diante da avalanche de denúncias e os depoentes da Odebrecht teriam que ser muito bem ensaiados para serem uníssonos em tais acusações contra pessoas que se autoinocentam como aqueles que sentem “orgulho” do que são, mas todos estão podres de ricos que já sentimos o mau cheiro. E o Congresso se transformou num perfeito lupanar de tanta imoralidade, desfaçatez e desregramento de seus integrantes, tanto, que bastou a PF dar algumas borrifadas de pesticidas para combater as ratazanas e todas fugiram para seus redutos ou a procura das barras das calças de seu “papai” com medo dos efeitos exterminadores.
Só as benesses da lei que sustenta o “foro privilegiado” já é uma confissão de culpa de tais elementos pois, se fossem realmente inocentes de tais falcatruas deveriam dispensar tal recurso – e quem se atreveria a tanto, sabendo que dessa maneira os processos demoram tanto que terminam por caducar – outro complemento de tanta cortesia.
Ratazanas são figuras repugnantes que causam nojo a cidadãos pacíficos e de boa índole
que não aceitam conviver com tais tipos de roedores. São figuras peçonhentas e negativas, egocêntricas como sempre se apresentam – e a lei ainda paga para dizerem mentiras na tv..
A desfaçatez é o que impera na face dos inúmeros políticos que se refastelam no Congresso a custa das inúmeras mordomias protecionistas – verdadeiras monarquias – em detrimento do trabalhador do setor privado, o único que gera impostos para sustentar tal abuso. E não satisfeitos, sempre querem mais para saciar sua ganância, qual uma droga que, quanto mais se usa mais se quer. E o conde Afonso Celso, à sua época, já dizia no poema – “Ambição”:
“ Desejo vão de ser notado,/ de comandar, de aparecer,/ qual, afinal, teu resultado?/ Qual teu valor, qual teu prazer?
Vai-se aviltando quem te escuta…/ Si elevação, às vezes, dás,/ é só depois, de febre e luta,/ de modo efêmero e falaz.
Quem se emaranha em tua rede,/ leis não conhece, olvida o lar;/ o teu licor não mata a sede:/
faz beber mais, até matar.
A história humana está repleta/ dos crimes teus… Vitimas mil/ produz teu vulto, deusa inquieta,/ tirana, hipócrita e servil.”
Assim, corrupto é traficante de dinheiro, sempre em prejuízo de terceiros, isto é, bandido. E como dizia o antigo delegado Sivuca – “bandido bom é bandido morto”. Pois o tempo passa com novos conhecimentos, mas a ganância pela sedutora “erva daninha” só aumenta – não existe cultura, religião, educação, crença e tudo o mais que se agrega à mente humana que possa ser controlada – a “erva” é mais forte, transformando as faces em máscaras de hipocrisia que despreza tudo, principalmente, a dignidade e o caráter de cada um.
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