• Vereador Sebastião ganha foro privilegiado

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  • 13/04/2017 12:00

    O inquérito que investiga o vereador pastor Sebastião foi encaminhado na última terça-feira (11) ao Procurador Geral de Justiça. O parlamentar é acusado de extorquir os assessores, obrigando que eles devolvessem parte dos seus salários. A ação teve que ser enviada ao Tribunal de Justiça após o vereador reassumir na última sexta-feira (7) sua cadeira na Câmara de Vereadores. A manobra política fez com que ele ficasse com o foro privilegiado, ou seja, as investigações não podem mais ser feitas pela justiça comum.

    O pastor Sebastião não foi reeleito em 2016, mas em janeiro deste ano assumiu um cargo no governo de relações institucionais do gabinete do prefeito. O pastor era o primeiro suplente da coligação Petrópolis para Frente que reunia os partidos PP, PSC e PDT. A vaga na Câmara pertencia a Mauro Henrique de Oliveira (Maurinho Branco) que em primeiro de janeiro assumiu a presidência da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). Com isso, a cadeira no Legislativo foi ocupada pelo segundo suplente Jamil Sabrá, que deixou a Câmara após o retorno do pastor Sebastião.

    O vereador pediu exoneração do cargo que tinha no governo no dia em que policiais civis foram a sua casa com mandado de busca e apreensão, na última quinta-feira (6). O inquérito que envolve o pastor Sebastião é um braço da operação Lava Jato de Petrópolis que investiga um esquema de corrupção na Câmara dos Vereadores. O esquema começou a ser desmontado no dia sete de fevereiro com a prisão do ex-vereador Osvaldo do Vale, o Vadinho, e cinco assessores – Angela Regina Borsato dos Santos, José Carlos Fernandes de Sá, Jaqueline Batista de Jesus, Luis Otávio da Costa Penna e Marcos Antônio Felix da Silva (Marquinho). O ex-vereador Vadinho e o assessor Marquinho continuam presos. Os outros assessores foram soltos no início deste mês, após assinarem acordos de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPERJ). 

    O esquema de corrupção na Câmara é investigado por uma força tarefa formada pelo MPERJ, Polícia Civil, Judiciário e pelo Grupo de Atuação Especial no combate ao crime organizado (Gaeco). O grupo chegou ao pastor Sebastião após depoimentos de assessores da Câmara que denunciaram a prática de extorsão dentro dos gabinetes. "Este é apenas um dos braços da investigação inicial. Tem muitos outros", disse um integrante da força tarefa. Ainda de acordo com o integrante, caso o Procurador Geral de Justiça entenda que há indícios de prática de crime, pode pedir a prisão de Sebastião.



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