Empresários fluminenses esperam melhora nos negócios no próximo trimestre
Ao inaugurar a filial de seu bar, em Copacabana, em março deste ano, Natália Magalhães, 38 anos, se viu diante de um desafio: a abertura no momento em que retornaram as medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 na cidade do Rio de Janeiro. Quatro meses depois, ela e as sócias Suelen Gomes e Carla Tarsitano enxergam um cenário menos incerto e anunciam a abertura de uma franquia do estabelecimento em Búzios, Região dos Lagos.
As três fazem parte do grupo de empresários dos setores de comércio de bens, serviços e turismo do Rio de Janeiro que está com boas expectativas para os próximos três meses. Segundo pesquisa da Fecomércio RJ, em julho, 86% dos comerciantes afirmaram que esperam que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito. Mês passado, este índice era de 76,7%. Ou seja, nove em cada dez comerciantes estão confiantes na evolução de seu estabelecimento. É uma perspectiva que coincide com o trabalho do Governo do Rio para auxiliar a retomada da economia.
“As medidas do governo, como a pontualidade no pagamento da folha de servidores e a antecipação de parte do 13º salário, além do auxílio emergencial para a população e as linhas de crédito para pequenos e médios empreendedores, via SuperaRJ e AgeRio, oferecem um horizonte mais positivo e a segurança de uma melhor situação econômica no estado. Consequentemente, se reflete em uma melhor expectativa por parte dos comerciantes”, avalia o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Vinicius Farah.
De olho no próximo verão, Natália e suas sócias estão otimistas:
“Um investidor estrangeiro esteve na filial de Copacabana e se encantou com o negócio, principalmente pelo fato de serem três mulheres à frente do empreendimento. Então, fez a proposta para expandirmos o negócio para Búzios. A história foi positiva e fez com que tivéssemos visibilidade em um mercado dominado por homens. O objetivo é abrir o bar até dezembro para aproveitar tanto as festas de fim de ano quanto o período do verão”, conta.
Aumento do consumo e mudanças de hábitos
Realizada entre 2 e 6 de julho, a pesquisa da Fecomércio RJ ouviu 257 empresários fluminenses. Sobre as expectativas para as demandas no próximo trimestre, 62,2% dos entrevistados esperam que haja algum tipo de aumento. Antes, o percentual era de 57,3%. Já 28% acreditam em uma estabilização, índice igual ao de junho. Para 9,7%, haverá diminuição ou diminuição acentuada na busca por produtos e serviços de suas empresas. Na consulta anterior, eram 14,7%.
“Percebemos uma mudança no comportamento dos frequentadores do bar: além da adesão estar aumentando porque as pessoas estão mais seguras em sair, os consumidores estão optando por locais abertos. Ainda em um número menor que antes, já estamos notando a presença de turistas, tanto nacionais, quanto internacionais, uma vez que o bar está localizado em Copacabana. O cenário está muito promissor para os próximos meses”, disse Natalia, que lembrou o período da inauguração e comparou com o atual momento:
“O início foi bem difícil. A previsão inicial era contratar 15 funcionários para trabalhar no bar, o que caiu para um terço nos primeiros meses. Hoje, são dez pessoas atuando no local. Certamente, o cenário está melhor que antes. De acordo com o avanço da vacinação, nossa expectativa é que vai melhorar ainda mais”, finalizou a empresária.