Justiça proíbe operação da Transpal e CPTrans garante transporte no Taquaril

Os moradores do bairro Taquaril estão novamente sem transporte público. O serviço foi suspenso ontem por volta de 13h, depois que o proprietário da empresa, Fabiano Magalhães, recebeu uma notificação exigindo a paralisação do serviço. A ação judicial foi movida pelo Sindicato das Empresas de ônibus (Setranpetro), contra a Transportadora São Pedro de Alcântara (Transpal) no ano passado. O motivo seria a atuação da empresa no município, sem realização de licitação, o que foi considerado no processo como um procedimento ilegal. 

Já Fabiano afirma que estava com toda documentação em dia e havia recebido aval da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) em 2016, para atender os moradores da localidade. Ainda segundo ele, os dois coletivos da empresa que atuam no Taquaril transportam cerca de 800 passageiros por dia, não necessariamente moradores do bairro em questão, já que os ônibus podiam entrar no Terminal de Itaipava e atender também o “corredor”.

De acordo com a CPTrans, o órgão apenas cumpriu uma determinação judicial ao entregar a notificação à empresa. A companhia informou ainda que uma alternativa para atender os moradores a região já está sendo estudada. Enquanto isso uma kombi e/ou van vão fazer o transporte dos passageiros que vivem no bairro nos mesmos horários que eram cumpridos pela Transpal. Há quase um mês a empresa havia sido notificada pelo município por apresentar problemas nos elevadores dos coletivos, o que fez com que o serviço ficasse suspenso por 24h.

“Não estou entendendo essa perseguição! No ano passado a própria CPTrans informou que havia a necessidade da minha empresa atender o bairro, e esse ano já não precisa mais? Não entendo o motivo da cassação da liminar que eu tinha na justiça, e que me garantia o direito de realizar o serviço no Taquaril”, disse Fabiano Magalhães.

O Setranspetro informou que acionou a justiça em 2016 em razão da ilegalidade do serviço público sem licitação. Mas esclareceu que, no momento, a empresa de ônibus Turb, que venceu a licitação para atender o distrito, não possui equipamentos compatíveis para operar no bairro Taquaril, levando em conta que não há calçamento na região. Além disso, a demanda do local não supre minimamente a despesa da linha, podendo gerar um desequilíbrio econômico e financeiro na empresa, que já atende outras “linhas sociais”, ou seja, quando a despesa é maior que a receita.