Economista vê risco de pressão em serviços
A reabertura de várias atividades por conta do avanço da vacinação e a forte pressão das tarifas de energia elétrica e da gasolina poderão pressionar a inflação de serviços ao longo do segundo semestre. Serviços é um dos setores da economia que ainda está com preços sob controle. Em junho, a energia elétrica foi o item que mais pressionou a inflação. Junto com a gasolina, esses dois preços administrados responderam por 25% da inflação de 0,53% do IPCA.
O alerta é do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes. “Se combinarmos a inflação de tarifas (custos) com a inflação por aumento da demanda, pode ser que ocorra alta dos preços dos serviços no segundo semestre. Esse é um risco”, diz.
O economista lembra que o restaurante que fazia promoções, provavelmente, deve retirá-las na medida em que passar a receber um fluxo maior de clientes. Além disso, a pressão de custo de energia amplia a possibilidade de repasse para os preços ao consumidor, em razão do aumento da demanda por serviços.
Em 12 meses até junho, a inflação de serviços está bem comportada. Acumula alta de 2,2%, diante dos preços administrados, que subiram 13% no mesmo período – quase o dobro dos preços livres (6,8%) em igual base de comparação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.