Petrópolis registra cinco casos de malária
Cinco casos de malária foram registrados em Petrópolis pelo setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Petrópolis e em 2016 foram registrados apenas dois casos. Todos os pacientes receberam a medicação via oral da Secretaria de Saúde do Estado e realizaram o tratamento em casa. O secretário municipal de Saúde, Silmar Fortes disse que todas as medidas foram tomadas para o tratamento dos pacientes e investigação para achar foco do mosquito transmissor Anopheles, com apoio técnico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O secretário disse que foram instalados na região onde os pacientes residem e nos locais de convívio comum armadilhas para captura do mosquito, conforme orientação dos técnicos da Fiocruz, e até o momento não ocorreu nenhuma captura. “Vamos fazer o levantamento sobre casos passados para que possamos planejar as ações, sendo que a principal deles é a prevenção que as pessoas devem fazer contra os mosquitos, seja para se prevenir da malária, dengue e outras doenças”, comentou o secretário.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o último paciente notificado finalizará o tratamento nesta semana. Todos os pacientes estão sendo monitorados pelo setor de epidemiologia do município para a realização de exames cumprindo o protocolo de notificação da doença pelo Ministério da Saúde. As notificações dos casos foram feitas entre janeiro e março, a última delas dia 15 de março. Vale ressaltar que estes dados são compilados pelo Estado a partir das notificações inseridas pelo município no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) e que casos de malária na região de Mata Atlântica ocorrem de forma endêmica no estado do Rio de Janeiro.
Os pacientes – todos do sexo masculino com idades entre 14 e 54 anos – são moradores dos bairros Independência, Quitandinha, Valparaíso e Siméria. Há uma suspeita que está sendo avaliado e que eles poderiam ter contraído a doença ao visitar ou participar de eventos em região próxima a Reserva Biológica do Tinguá e as áreas de mata fechada ainda existentes em Petrópolis.
A vigilância sanitária fez uma varredura nas residências e locais de convívio dos pacientes, buscando identificar possíveis focos do mosquito, que é mais comum nas regiões de mata fechada. Até o momento nenhum foco ou mosquito da espécie foram encontrados. A coordenação de epidemiologia continua investigando os casos. A quantidade de casos é aceita dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde, portanto, não representam riscos à população. A doença tem maior número de casos no Verão e a incidência a partir do outono, iniciado dia 21 de março, vai ser reduzida naturalmente.
A orientação para a população é para que evite as áreas de mata fechada, trilhas, cachoeiras e áreas rurais. Caso seja necessário frequentar estas áreas, prevenção deve ser feita com o uso de repelente. Em 2016, dois casos de malária foram registrados em Petrópolis. Os casos de malária na região de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro é acompanhado por técnicos e pesquisadores da Fiocruz desde 1993.