• Operação Casa Limpa

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  • 27/03/2017 12:00

    O clima político não está tendo seus melhores dias. Deflagrada há poucos dias atrás a operação "carne fraca" que deu ao governo federal uma grande dor de cabeça, em nosso quintal petropolitano acontece a passos rápidos a operação "casa limpa". Outrossim, também em Brasília o congresso está preocupado em se perpetuar e se autoencoraja a propor uma reforma política, cujo item principal é o voto em lista (aquele em que não se vota em candidatos e sim, no partido, e é o partido que elabora a lista, priorizando os que já tem mandato) . Vemos que o quadro não é dos mais animadores.

    Da operação "carne fraca" resultaram explicações da presidência, embargos e vedações por parte de diversos países da importação de carnes brasileiras; aqui, os primeiros resultados da "casa limpa" está a resultar na prisão de um ex-vereador, de assessores, de duas possíveis delações premiadas (uma já homologada), possivelmente de mais, e não parará por aí. O clima no Município é de tensão e de nervosismo, na expectativa de possíveis novos nomes. O que se nota é que alguns vereadores e ex-vereadores se dizem tranquilos, outros estão temerosos, mas aparentam uma tranquilidade forçada. 

    Na terça-feira próxima passada, a Câmara foi visitada por dois representantes do Ministério Público para buscar informações acerca dos funcionários dos gabinetes; queriam saber sobre os funcionários "fantasmas" que recebem sem comparecerem ao trabalho e que supostamente repassam parte de seus salários a vereadores. A alegação, em defesa da ausência, é de que muitos assessores trabalham atendendo as comunidades (o que não é atribuição de vereadores e sim do executivo; mas sabemos que eles encaminham pleitos) nos bairros o que justificaria em parte as faltas se, efetivamente as comunidades estivessem sendo atendidas a contento, o que não está ocorrendo. 

    Concomitantemente à operação "casa limpa" uma outra ação já teve em seus autos uma decisão, obrigando a Câmara a instalar ponto eletrônico de presenças e a publicação da lista de nomes de servidores que ocupam cargos comissionados no "portal da transparência da Câmara". Sobre este assunto teremos que aguardar os recursos e/ou providências dentro do prazo legal.

    A somar-se a isto, existe um inquérito na polícia fazendária, para investigar alguns vereadores locais, que está parado já há alguns anos. Ninguém fala oficialmente sobre isto. Interesses maiores (que não os da sociedade civil) aparentemente estão a sobrestar o curso desta investigação. 

    Como podemos depreender, teremos em breve, com o desenrolar das atividades investigativas mais novidades, o que diga-se de passagem é necessário e oportuno, doa a quem doer, já que transparência, gestão limpa e eficiente deveria ser a tônica, de todos os entes políticos. 

    A sociedade aguarda ansiosamente que, caso existam crimes, eles sejam apurados e as devidas punições aplicadas. O que não pode mais acontecer é passarem em branco supostas irregularidades criminosas, sem que a população seja contemplada com o que lhe é devido, ou seja, o fim da ilicitude.

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