• Dois pesos e duas medidas

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  • 24/02/2016 14:00

    O escritor Araújo Porto Alegre (1806-1879) acertou quando disse: “O triunfo do inferno é quando um povo honra o ladrão e o pobre menospreza" – nada mais apropriado para nosso país e políticos.

    Mesmo não sendo pessimista, procuro ser realista o mais possível, por isto, não sofro de ufanismos desmedidos, nem de fanatismos injustificáveis e, muito menos, de endeusamentos imerecidos. Procuro somente a verdade dos fatos com discernimento e lógica, mas, na maioria das vezes, o ser humano nos desequilibra com seu egocentrismo e egoísmo vulgares de atitudes e raciocínio capenga.

    O atual executivo e seus inúmeros ministros flutuantes, sem pouso fixo, parece que permanecem no cargo em função das bárbaras declarações sem nexo que dizem a cada dia, se coadunando assim com o executivo, “célula mater” dos disparates. Mudam de visão e de raciocínio como aquele aparelho biruta que gira ao sabor do vento.

    Dª Dilma acusou de perseguição da justiça para com o ex-presidente Lula – “um dos maiores líderes mundiais”… Barbaridade! O que será que ela conhece em termos de lideranças mundiais, igualzinho aos menos esclarecidos que nada conhecem como quando vim morar em Petrópolis que um cidadão declarou que o Hotel Quitandinha era o maior do mundo – coitado, não sei nem se conhecia o Rio. Mas, me faz lembrar daquele velho programa da rádio, com José Vasconcelos, quando dizia que, enquanto a BBC de Londres falava para a Europa, a rádio do interior do Ceará, falava para o mundo.

    Da. Dilma, apesar de dizer que há necessidade de se cobrar mais impostos em cima do povo, faz questão de ignorar os eternos inadimplentes de dívidas com o erário – principalmente os estados e municípios – para quem agora libera moratórias. Em miúdos, age da mesma maneira que seu antecessor que saiu pelo mundo perdoando dívidas milionárias de países sob o jugo de ditadores sanguinários, medidas de governos irresponsáveis para se projetarem em detrimento do povo brasileiro. Volto a lembrar o Asno da fábula de La Fontaine.

    E assim também é o ministro da (in) justiça. No início da Lava-jato, defendeu os petistas dizendo que ninguém poderia ser condenado sem provas. Depois, absolveu, por sua conta, o ex-presidente Lula, que seria inocente, portanto isento de tais investigações e julgamentos, pois os problemas levantados seriam uma invasão de privacidade (aliás, não sei como se investiga um delito sem invadir a privacidade do suspeito). Agora, está refastelando-se com o “affair” FHC & Mirian Dutra, que tem que ser apurado e cobrado as responsabilidades. Como sempre, o PT mistura alhos com bugalhos.

    Como são pobres de espírito esses ministros sem postura e sem ética, desconhecendo totalmente a isenção que um ministro deve mostrar em sua pasta, não dando opiniões pessoais, principalmente, em assuntos que não lhes dizem respeito. A reação do ministro José Eduardo Cardozo lembra o flagrante delito do então ministro-qualquer-coisa, Marco Aurélio Garcia quando surpreendido no célebre “Top-Top”

    Aliás, é bom ressaltar a nota saída na imprensa da cerimônia, no Rio, com a presença do ministro, cheio de seguranças, que foi aparteado por uma aluna desinibida: _ “O senhor não acha ridículo essa quantidade de policiais para uma só pessoa enquanto as UPPs estão acabando e não há policiais nos morros?

    Como dizia Charlie Chaplin : “Não suporto falsidade e mentira – a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna”.  


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