• O mês do Colono na pandemia

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  • 30/06/2021 08:00
    Por Joaquim Eloyw

    Junho é o mês de São Pedro apóstolo e do Colono Germânico, onde se misturam as missas com as fogueiras caipiras e as ricas cores da Bauernfest.

    Petrópolis, no mês da friagem, esquenta e brilha com muita festa e comemorações.

    São Pedro convida para as barraquinhas, a fogueira, o quentão, a batata doce assando, as marias-chiquinhas de muitas sardas e os acanhados varões que largam as enxadas para namorar à luz da lua, junto ao calor da fogueira ou dançando uma ensaiada

    quadrilha, cheia de alegria, de olhares brejeiros, de sanfona e bandeirinhas envolvendo tanta alegria e singeleza.

    Na Bauernfest, um outro condimento, onde não faltam os salsichões, as cervejas e chopes, as carnes assadas, os doces e tortas, o passeio romântico pelas aléias do mágico Palácio de Cristal e das ruas que entornam encanto nas imediações;  naquele lugar predileto, de descanso e meditação, da querida Princesa Isabel, herdeira de um Império.

    Luzes, cores, alegria, as festas de junho aquecem o inverno rigoroso da serra e ninguém reclama do frio, do sereno, da bruma cinzenta, só tendo olhos e ações para a riqueza das cores, o desenvolver das danças alegres e saltitantes e as guloseimas deliciosas.

    Hoje:

    Em 2021, no molho de tudo, as  frustrações pela presença do covid-19, que  está proibindo a alegria e a festa em toda a sua potencialidade.

    Mas, mesmo assim, vale a pena viver em Petrópolis no mês de junho. Se vale! Afinal de contas, o Clube 29 de junho mobilizou-se e recriou novo cenário para a festa, agora virtual e que ai está com muito sucesso. Parabéns a todos! E ao Poder Público pela força e prestígio!

    Agora, permitam todos, criei algumas trovas bem caipiras para divertir mais um pouquinho e dar um “xoooo”  a essa lamentável pandemia.

    Vamos a elas para serem lidas com muito sotaque:

    Maria pisca p´ro Zé;

    O Zé encóie o oiá…

    Arresorve um buscapé

    Maria e Zé estreitá.

    A quadrilha vai deixando

    Solteironas abrasadas.

    Sentadas, tristes, chorando,

                 Querendo ser abraçadas.

    Ritinha, mas que danada.

    Desprevenida, pois é…

    Assanhou a molecada

    Prá sortá os buscapé…

    Parou a festa… um gemido!

    – Que foi isso, Coroné?

    – Ara! Vem d´árv´re o ruído…

    – É Ritinha, mais o Zé!

    P´ra sua sogra escôia

    Um símbolo no arraiá!

    – P´ra essa veia caoia?

    Um balão… p´r estorá!

    Juquinha, no pau-de-sebo

    Venceu a competição,

    Mas perdeu, pobre mancebo,

    As carça na ascenção…

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