• A corrupção faz com que o relator não indicie o governador, diz Omar Aziz

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  • 29/06/2021 14:21
    Por Daniel Weterman e Amanda Pupo / Estadão

    O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), apontou um suposto esquema de corrupção envolvendo empresas privadas e agentes públicos no Amazonas. Ele afirmou que a comissão do Senado vai quebrar os sigilos bancário e fiscal de empresas e acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a conselheira Yara Lins dos Santos, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

    Yara Lins é mãe do deputado estadual Fausto Vieira do Santos Junior (MDB), que presta depoimento nesta terça-feira, 29, na CPI do Senado. Ele foi relator da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa do Amazonas no ano passado e decidiu não indiciar o governador Wilson Lima (PSC), apesar de ter apontado responsabilidade da gestão estadual e afirmar que o chefe do Executivo sabia “de tudo”.

    De acordo com Omar Aziz, o suposto esquema de corrupção livrou Wilson Lima do indiciamento. “Estou falando em corrupção, estou falando em advocacia administrativa, estou falando em benefícios, por isso, senhores senadores, senhoras senadoras e o povo do Amazonas, por isso é que o governador não foi indiciado”, disse o senador. O deputado estadual afirmou que estava sendo ameaçado de prisão pelo presidente da CPI da Covid.

    Omar Aziz afirmou que a conselheira Yara Lins precisa ser investigada por ter sido presidente da corte de contas e relatora do julgamento da aplicação de verbas estaduais na saúde. “Minha mãe é uma pessoa honrada, uma servidora pública de carreira. Não tem nenhuma mácula. Pode investigar, pode quebrar o sigilo da empresa que for, não temos o que temer”, disse Fausto Junior.

    Durante o depoimento, o deputado estadual afirmou que o próprio Omar Aziz, ex-governador do Amazonas, tinha participação na crise da saúde e deveria ser indiciado pelos pagamentos indenizatórios – feitos sem licitação – durante o período que governou o Estado. Aziz reagiu afirmando que o simples registro de repasses não era indício de corrupção.

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