• Quase 70% dos incêndios florestais no ano passado foram em áreas de vegetação não protegidas

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  • 27/06/2021 18:10
    Por Luana Motta

    Durante o período de estiagem – que acontece entre junho e setembro – aumenta o risco para ocorrência de incêndios florestais. No ano passado, quase 70% das ocorrências atendidas pelo 15º Grupamento de Bombeiro Militar, neste mesmo período, foram em áreas de mata fora de unidades de conservação ambiental. O número de incêndios em Petrópolis foi 11% a mais do que o registrado em 2019.

    Bombeiros do 15º GBM e 2/15 DBM (Itaipava) atenderam entre junho e setembro do ano passado, 253 ocorrências de incêndios florestais. Se somado ao 1/15 DBM (Três Rios) esse número salta para 405 ocorrências. Enquanto em 2019, o número total foi de 370 ocorrências atendidas pelos três quartéis. Somente na área do município de Petrópolis, em 2019, foram 227 ocorrências.

    Das 405 ocorrências de incêndios florestais no ano passado, 380 foram em áreas residenciais e de vegetação em geral e 25 em áreas de conservação – como parques, reservas e APA. Os meses em que mais foram registrados incêndios foram julho e setembro, que juntos somam 295, o que representa 27% do total do período.

    Incêndio criminoso destruiu 14% área de reserva da Rebio Araras

    Em junho do ano passado, um incêndio criminoso destruiu 673 hectares de vegetação da Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras), o que representa 14% da área total da reserva. O autor do incêndio foi identificado e preso pela Polícia Civil da 106ª DP. O homem ateou fogo ao próprio automóvel na tentativa de dar um golpe na seguradora. O veículo estava estacionado na área de amortecimento da reserva, as chamas se alastraram e invadiram a área de preservação. Em agosto, um outro incêndio de proporções ainda maiores atingiram a área de proteção do Parque Nacional da Serra da Estrela (Parnaso), foram quase 1 mil hectares de vegetação destruídos.

    No ano passado, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) montou uma força tarefa – Operação Extinctus – com os grupamentos da Região Serrana, o 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente e brigadistas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que atuaram em Petrópolis e municípios do entorno que foram mais prejudicados pelos incêndios florestais. Em Petrópolis, chegaram a ter mais de oito operações conjuntas entre os bombeiros e demais órgãos atuando em diferentes focos de incêndios no primeiro e segundo distrito.

    Secretaria de Defesa Civil fará o monitoramento de áreas suscetíveis a incêndios

    Neste ano, a Defesa Civil fará o monitoramento das áreas suscetíveis a incêndios florestais no município. De acordo com o secretário de Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers, o trabalho é feito de forma preventiva, tendo em vista que grande parte dos eventos deste tipo são provocados por ação humana, assim, podendo ser evitados.

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