• Entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde está irregular desde 2014

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  • 15/01/2016 16:30

    A irregularidade na distribuição de vacinas pelo Ministério da Saúde para os municípios vem agravando a situação em postos de todo o país e a crise não é diferente em Petrópolis. Há mais de um mês a estudante Jhenifer Tavares, de 21 anos, procura a vacina tetraviral para imunizar a filha Helena, de apenas 1 ano e 6 meses. A vacina só pode ser aplicada até 1 ano e 11meses e ela teme que até lá o problema não seja solucionado. Vacinas para prevenir contra a hepatite A e a antitetânica também estão em falta. Os medicamentos estão em falta em todo o país e a entrega em Petrópolis, quando é feita, traz lotes com quantidades muito abaixo do que é solicitado pelas unidades. A situação começou em 2014 e se agravou no ano passado. Desde então, a Secretaria Municipal de Saúde vem oficiando o Ministério da Saúde sobre os atrasos na entrega de vacinas e soros. O município registra falta das vacinas dT, Hepatite A, Tetraviral, e DTP; além dos soros antirrábico, aracnídeo e antiescorpiônico. Os itens são fornecidos a todos os municípios brasileiros pelo Governo Federal. Diante do problema, a jovem Jhenifer Tavares procurou uma clínica particular para imunizar a filha, porém a despesa é alta, a vacina triviral custa R$ 80 e a de varicela R$ 175. “Inicialmente levei minha filha no Ambulatório Escola, no bairro Samambaia, para tomar as vacinas meningocócica C, que previne contra doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C; poliomelite, que previne contra paralisia infantil; e DPT- vacina tríplice bacteriana. Então fui informada de que a tetraviral, que protege contra rubéola, sarampo, caxumba e varicela (catapora) não poderia ser aplicada com as demais vacinas e que também não se encontrava disponível no posto”, contou. De acordo com a estudante, as vacinas foram aplicadas no dia 8 de dezembro, no Ambulatório Escola, e uma funcionária pediu que ela entrasse em contato no dia 14 para verificar se a tetraviral já havia chegado. “Assim eu fiz e venho fazendo até hoje. Desde então me pedem para ligar em dias aleatórios e nunca tem a vacina, até que no Centro de Saúde fui informada de que não há previsão para a chegada do medicamento e eu tenho no máximo cinco meses para aplicá-lo na Helena. O meu medo é que até lá nada seja resolvido”, afirmou nervosa. De acordo com a Secretaria de Saúde, a Coordenação Geral do Programa de Imunização do Ministério da Saúde vem enviando comunicados aos estados e municípios informando sobre a situação das vacinas e soros. De acordo como último documento enviado pela coordenação, a falta de imunobiológicos e a pouca produção dos laboratórios levaram à redução no quantitativo distribuído aos municípios.


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