Treino complementar: o que dá certo pra você?

O treinamento de corrida de rua em sua maioria se resume em correr, seja intervalando, fazendo fartlek, treino de ritmo, treino fraco, subindo morro ou longão. Os treinos que chamamos complementares, tais como alongamento, musculação, CrossFit ou funcional virou moda com ferrenhos defensores em cada modalidade. Em minha experiência pessoal de 50 anos na área, assim como opinião de grandes treinadores como Arthur Lydiard e Jack Daniels, todas essas atividades acrescentam pouco ao resultado final a não ser a musculação que não dá para imaginar alguém correndo longas distâncias sem um mínimo de fortalecimento muscular. A corrida em si já ocupa boa parte do treinamento semanal e sobra pouco tempo para inclusão de outras atividades tais como, aula de alongamento para melhorar a flexibilidade e funcional. Funciona mesmo? Só tem um jeito de saber. É experimentar em tentativa de erro e acerto. É fazer e comparar se interferiu mesmo na economia da corrida. O “pace” melhorou? Está correndo mais fácil? A inclusão de qualquer dessas atividades atrapalhou o treino semanal? Foi fácil incluir? Ficou satisfeito? Costumo dizer que o melhor treinamento é o que dá certo pra cada um. Vale lembrar que qualquer dessas atividades como o funcional, por exemplo, é importante estar fazendo exercícios que contribuam com a biomecânica da corrida. Ou seja, exercícios parecidos com a corrida. O funcional tem uma gama enorme de exercícios específicos para quase todas as modalidades esportivas. Sendo assim, não faz sentido exercícios que se aplicam ao futebol usá-los pra tudo como se fosse uma receita de bolo. Repito. O melhor treino é o que dá certo, mas precisa ter fundamento. A melhor escola é tentativa de erro e acerto. Prof. Moraes