• Filha acusada de matar a mãe no Bingen ainda aguarda pelo julgamento; namorado tem pedido de habeas corpus negado pela justiça

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  • 17/06/2021 12:34
    Por Janaina do Carmo

    A jovem Paloma Botelho Vasconcelos e o então namorado Gabriel Molter Neves ainda aguardam na prisão o julgamento pelo assassinato da comerciante Dircilene Botelho Garcia. O crime aconteceu em outubro de 2018 na casa da família, na região do Bingen. Paloma, a filha, e Gabriel, o genro, são acusados de matar Dircilene asfixiada dentro do quarto. Imagens de câmeras instaladas no cômodo e divulgadas pela polícia na época mostraram a ação dos dois.

    A defesa de Gabriel entrou com um pedido de habeas corpus, mas o mesmo foi negado pelos desembargadores da Terceira Câmara Criminal, em maio deste ano. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), a 1ª Vara Criminal de Petrópolis ainda não marcou a realização do júri.

    Paloma confessou o crime e em entrevista à Tribuna, antes de ser presa, contou com detalhes como planejou junto com o namorado o assassinato e como os dois executaram o homicídio. A jovem alegou problemas psiquiátricos e depressão; além disso, ela falou que a mãe era contra o relacionamento dos dois, o que também teria motivado o crime.

    A jovem também confessou que tentou matar a mãe outras vezes colocando um herbicida na bebida. O produto foi comprado pela internet e Paloma teria colocado no vinho durante o jantar da família. “Ela sentiu um gosto estranho e não bebeu”, contou em depoimento na delegacia, na época. Depois da tentativa fracassada, Paloma teve a ideia de usar uma seringa para injetar ar na veia, copiando uma personagem de novela. “Pensei que poderia ser a melhor forma”, disse.

    O crime

    No dia do crime, segundo Paloma, o namorado entrou escondido na casa e ficou no quarto da jovem até que ela desse o sinal. A jovem disse ter entregue a ele luvas de plástico, um pano e um frasco com formol, que ela teria comprado também pela internet. “Quando minha mãe saiu do banho fui até o quarto dela e disse que faria uma massagem. Fiquei deitada nas nádegas dela e o Gabriel entrou”, contou em entrevista.

    A tentativa de fazer a vítima desmaiar, no entanto, não funcionou e a jovem afirmou que ela o namorado acabaram colocando sacolas plásticas (de mercado) na cabeça da mulher e usaram fita adesiva para evitar que ela conseguisse escapar. Depois que ela desmaiou, Paloma foi até o seu quarto, pegou a seringa e injetou ar na veia da mãe. “Ela parou de se mexer e peguei um aparelho para ver se havia batimentos. Vimos que estava morta”, relatou.

    Depois da morte, o casal ainda levou a mulher até o banheiro para lavar seu rosto. A jovem afirmou que colocou uma roupa na mãe e ainda passou maquiagem. Depois, os dois deixaram o corpo em cima da cama e o rapaz se escondeu no quarto de Paloma.

    O corpo foi encontrado momentos depois pelo padrasto de Paloma. Ele chegou acionar socorro médico, mas Dircilene já estava morta. A mulher foi enterrada sem que houvesse indícios de crime, o que só foi descoberto dias depois quando o marido da vítima resolveu olhar as imagens das câmeras de segurança.

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