Uerj em Petrópolis ainda sem data para iniciar as aulas
As aulas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que começariam no próximo dia 13, foram adiadas mais uma vez. Em estado de greve, não há previsão de retomada do funcionamento. Em Petrópolis, além da greve, a UERJ enfrenta outro impasse: até agora não há endereço definido para o campus, já que o espaço onde funcionava o curso de Arquitetura, na Avenida Barão do Rio Branco, está interditado por problemas estruturais no prédio principal, e a cessão do endereço indicado pela Prefeitura – o CIEP Santos Dumont, no Independência – até agora não foi formalizada.
"Foi uma decisão da reitoria não recomeçar as aulas enquanto os pagamentos a empresa terceirizada que cuida da manutenção, limpeza e vigilância não forem pagos", explicou o coordenador do campus Petrópolis, Freddy Van Camp. A assembleia dos funcionários da universidade aconteceu na segunda-feira (6), no Rio de Janeiro.
Em relação ao endereço do campus, Freddy disse que as negociações com a Prefeitura e o governo do Estado continuam, mas ainda não existe um local para abrigar o campus. "Essa questão ainda está indefinida. Estamos negociando e realizando reuniões para tentar solucionar logo esse problema", disse o coordenador do campus Petrópolis, ressaltando que tanto o Estado quanto a Prefeitura têm apresentado alternativas para realocar a universidade.
Dois locais já foram apontados pela Prefeitura para abrigar o campus: a Casa de Educação Visconde de Mauá e o Ciep Santos Dumont, no Alto Independência. A reitoria, no entanto, não sinalizou positivamente para o uso de nenhum dos dois espaços. “Professores e alunos estão ansiosos para começar as aulas e esperamos que essa questão seja resolvida em breve", frisou Freddy.
Inicialmente, o campus da UERJ em Petrópolis, funcionaria na Casa do Barão do Rio Branco. O imóvel foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e foi interditado no fim do ano passado, após vistoria determinada pela 4ª Vara Cível, que apontou sérios problemas estruturais no prédio principal do campus. Embora o espaço não estivesse sendo usado, a circulação de alunos no entorno representava perigo. Havia, ainda, falta de adequação da construção anexa. Além disso, o campus não tinha alvará do Corpo de Bombeiros. Com base nos laudos técnicos, o juiz da 4ª Vara Cível, Jorge Martins, determinou a transferência do campus para outro endereço e a realização de obras no imóvel.
A decisão foi suspensa após recurso da UERJ. Até agora nenhuma obra foi iniciada no campus da Barão do Rio Branco e o prédio continua fechado.