• Sem fiscalização, flanelinhas atuam livremente na cidade

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  • 05/03/2017 09:00

    Petropolitanos e turistas estão alarmados com a quantidade crescente de flanelinhas na cidade. Em alguns casos há relatos de coação e extorsão. A situação fica pior aos domingos e feriados quando o estacionamento rotativo não é cobrado. Porém, durante a semana a atividade é flagrada com facilidade em alguns pontos do município, como próximo aos pontos turísticos, no Centro, na Praça Paulo Carneiro, na Marechal Deodoro e próximo as universidades. 

    As vítimas das abordagens agressivas dos flanelinhas afirmam que é preciso mais fiscalização na cidade para coibir esse tipo de ação. Além disso, existe a suspeita de que a maior parte deles não seja de Petrópolis, e sim de cidades vizinhas. Em nota a Guarda Civil informou que está reforçando o patrulhamento na cidade para coibir a prática ilegal de cobrança de estacionamento por parte de flanelinhas. Caso seja detido, o infrator é encaminhado a uma unidade policial e autuado pelo exercício ilegal da profissão.

    Fora dos horários dos rotativos está cada vez mais comum ser abordado pelos flanelinhas. “Esses dias, passei por uma situação grave quando tentava estacionar na Praça Paulo Carneiro, por volta das 19h. Logo que desci do carro dois homens vieram agressivamente em minha direção cobrando R$10. Disse a eles que só daria algum dinheiro na volta. Mas quando me distanciei vi que um deles tentava esvaziar os pneus do automóvel. Na hora retornei e os confrontei e também acionei a polícia. A PM se mostrou muito solícita e os flanelinhas foram embora. Mas diante da situação não tive coragem de deixar meu carro lá”, contou revoltada a petropolitana Filomena Frinzi.

    Filomena afirmou ainda que percebeu que os homens não são petropolitanos, e estavam sendo “comandados” por uma senhora de aproximadamente 50 anos que observou toda a ação da praça. “Nós conhecemos s flanelinhas da cidade que não são agressivos. Eles pedem algum trocado e esperam a gente dar por livre espontânea vontade. Esses que me abordaram praticamente me ameaçaram e ainda iam esvaziar os pneus do carro”, ressalto incrédula. A petropolitana destacou as ruas próximas ao Museu Imperial como ponto muito utilizado pelos flanelinhas, que acabam afastando os turistas. 

    Vale ressaltar que o flanelinha tem a profissão regulamentada, com o registro do Ministério do Trabalho, como guardador de carros desde 1975, através de uma Lei Federal. Caso contrário, pode ser processado por exercício ilegal da profissão e, em caso de pedir dinheiro, ser autuado pelo crime de extorsão.


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