• Volta ao trabalho com atrasos e ônibus lotados no distrito da Posse

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  • 02/03/2017 12:35

    Os petropolitanos que precisaram usar o transporte público na quarta-feira de Cinzas enfrentaram dificuldades. Isso porque, como anunciado, os ônibus funcionaram até as 12h em horário de domingo, e após em horário de sábado. O problema é que muitos atrasos foram registrados e em alguns casos os horários sequer foram cumpridos. Foi exatamente isso que ocorreu na linha executiva Posse/Gaby, que deixou os passageiros a espera de um coletivo até as 13h50, sendo que o primeiro previsto era às 12h30.

    Já quem utilizou a linha comum para ir para o distrito de Itaipava ou Centro da Cidade precisou se espremer junto aos outros passageiros em busca de um espaço no coletivo. O calor excessivo também não deu trégua durante uma hora, tempo de deslocamento da viagem de do bairro Posse até o Terminal de Itaipava, e tornou o trajeto exaustivo. Os pontos ao longo do caminho estavam lotados, e consequentemente os ônibus que saíam do Terminal de Itaipava rumo ao Centro também. 

    “Estamos literalmente igual sardinha enlatada. Eu entendo que os rodoviários também precisam de folga, mas nós trabalhamos e precisamos cumprir horário. Meu chefe não entende se o ônibus atrasou ou simplesmente não passou. Com certeza terei o atraso de hoje descontado! A empresa que oferece o serviço precisa fazer um estudo para saber quantos coletivos são necessários para atender a população, inclusive em datas como a de hoje”, disse irritada uma balconista de supermercado que preferiu não se identificar. 

    O problema não é novidade e se agrava em feriados e pontos facultativos. No caso dos atrasos da linha executiva Posse/Gaby os passageiros já estão acostumados. “No fim do dia é comum que o executivo atrase muito, mas isso acontecer quando o transporte coletivo já está funcionando em horário reduzido é um desrespeito. Não temos opção no ponto final do “Gaby”. Não temos a linha comum nem outras empresas que façam o trajeto. A única opção é esperar e torcer para que o ônibus apareça logo. Mas isso atrapalha e prejudica”, reclamou a doméstica Maria da Penha Rosa Rodrigues que esperava pelo coletivo de 12h30.

    Assim como ela a doméstica Vera Lúcia também aguardava pelo mesmo coletivo que não cumpriu o horário. Já o previsto para fazer o 13h30 saindo do ponto final, passou na altura de Pedro do Rio 13h35, ou seja, chegou mais de 15 minutos atrasado. “Tenho que ir ao banco e por isso cheguei no ponto 11h40, mas não tinha nenhum coletivo normal nem executivo. Já são 13h10 e não sei o que fazer. Aqui não temos a quem recorrer. É capaz de perder o horário de funcionamento do banco ou chegar já com ele quase fechando. Uma falta de organização e respeito”, afirmou. 


    Motorista também são prejudicados com atrasos

    Os motoristas também são prejudicados com os atrasos constantes. “O trânsito de Petrópolis está um caos, mas isso não justifica quase duas horas de atraso. Como resultado fico horas dentro do coletivo sem poder ir ao banheiro ou me alimentar. Além disso, quando chego no ponto final quase sou linchado pelos passageiros que estão irritados, e não querem esperar o motorista fazer um lanche, ou suas necessidades. Entendo a irritação deles mas motorista também é ser humano. Isso ocorre em todos os horários de pico e ficamos a mercê. Falta organização da empresa”, denunciou um motorista que não quis se identificar por medo de represálias. 

    Ainda segundo o profissional os horários do ônibus da linha executiva Posse/Gaby normalmente não são cumpridos de 18h, 18h30, 19h, 19h20. A espera pode chegar há quase duas horas. 



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