Barulho do escapamento das motos continua tirando o sono dos moradores nos bairros
Interrompe conversa, ligação telefônica, o volume da televisão e, talvez, o mais incômodo: o sono. O volume excessivo das motocicletas estão tirando o sono de moradores das comunidades. Se no Centro, durante o dia, é possível flagrar motocicletas com canos de escapamento adulterados, os bairros viraram “terra de ninguém” segundo os moradores. De acordo com as denúncias, os motoqueiros fazem “pegas” e exibições com manobras sobre uma das rodas.
“Começa a partir de 23h e vai até às 3h da madrugada. Parece delivery de drogas. Não deixa ninguém dormir e ainda fazem exibições empinando a moto”, disse uma moradora da Rua Cristovão Colombo, que preferiu não ser identificada. Ela relata que toda sexta-feira e sábado à noite, a situação é a mesma. Os moradores dizem que já recorrem à Polícia Militar e à CPTrans, mas a fiscalização ainda não chegou na localidade.
“A verdade é que fizeram essa lei e não colocam em prática, a fiscalização acontece no Centro e esqueceram dos bairros”, disse, indignada, a moradora. A lei a qual ela se refere é a Lei Municipal nº 7.984/20, que proíbe o barulho excessivo em escapamento de motocicletas. Embora essa proibição já exista no Código Brasileiro de Trânsito (CBT), a lei municipal foi criada para ser mais um reforço na tentativa de resolver um problema quase crônico no município.
Nas últimas semanas, leitores da Tribuna relataram a mesma situação nas localidades do Quitandinha, Retiro e Bingen. Motocicletas sem placa, com peças faltando e o cano de escapamento adulterado.
Em resposta à Tribuna, a CPTrans informou que tem o conhecimento dos problemas ocasionados por motos barulhentas e tem planejado operações para coibir esse tipo de situação. O cidadão pode denunciar essas atividades pelo telefone 2237-1703.