Vereadores vetam nova comissão sobre charretes
Depois de uma longa discussão e com o presidente da Câmara, vereador Paulo Igor (PMDB) ameaçar suspender a reunião, transferindo a votação para outra sessão, o pedido de criação de uma comissão especial para o estudo de medidas que substituam os serviços de charretes, foi rejeitado por sete votos. A vereadora Gilda Beatriz (PMDB), autora do pedido, lamentou a decisão da maioria dos vereadores, afirmando que o resultado faz parte do processo democrático e anunciou que está encaminhando, uma indicação legislativa ao Poder Executivo para convocar um plebiscito, onde a população vote pelo fim ou não das charretes.
Mesmo apoiando a realização de um plebiscito, por defender a ideia desde o ano passado, o vereador Reinaldo Meirelles (PP) manifestou sua indignação com a vereadora. Ele afirmou que “se a senhora já tinha um pedido de plebiscito, o que aconteceu hoje não teve nenhum sentido, pois perdemos tempo em discutir se a vereadora apresentaria o pedido de plebiscito”. Durante a discussão sobre a criação ou não da comissão, Meirelles voltou a defender o plebiscito, frisando que com a população votando contra ou a favor, o resultado seria definitivo.
Os vereadores Wanderley Taboada (PTB) e Marcio Arruda (PR) foram os únicos que se manifestaram publicamente contrário a criação da Comissão e com o fim das charretes. Na avaliação deles, o que se quer é acabar com uma tradição na cidade, que atrai anualmente milhares de turistas. Os dois vereadores foram duramente criticados pelos protetores dos animais, que durante a fala deles ficaram de costas.
Domingos Galante, da Ong Companheiro, lamentou a decisão dos vereadores, ressaltando que a comissão é para discutir a situação das charretes e buscar uma alternativa. Ele fez questão de ressaltar que a proposta é manter a discussão, pois não querem tirar o emprego dos charreteiros. Com a decisão da Câmara, os protetores dos animais apoiam a realização de um plebiscito e a criação do Conselho de Proteção Animal, que na avaliação deles terá a última palavra sobre as políticas de proteção dos animais, sejam eles domésticos ou silvestres.