• Para S&P, eleição cria incerteza quanto às políticas econômicas e fiscais

  • 02/06/2021 17:38
    Por Gabriel Bueno da Costa e Iander Porcella / Estadão

    A S&P Global diz que a eleição presidencial de outubro de 2022 “cria incerteza sobre as políticas econômica e fiscal, em um panorama político altamente polarizado”. Em comunicado, a agência afirma que será algo “desafiador” avançar na consolidação fiscal e em reformas, conforme a disputa nas urnas se aproxime “e conforme os riscos em torno do rumo da pandemia persistir”.

    Na avaliação da agência, o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser candidatos competitivos, apesar de seus altos índices de rejeição. “As iniciativas políticas pós-eleição e a capacidade de formular coalizões fortes serão cruciais para o crédito do Brasil”, ressalta.

    Atualmente, a S&P Global considera que a falta de uma coalizão “sólida e estável” no Congresso e a pressão para manter gastos elevados em resposta à pandemia representam desafios substanciais para o País avançar na agenda econômica e fiscal, em particular pois várias reformas requerem emendas na Constituição.

    A agência diz não esperar progressos importantes nas “complexas reformas fiscais” nos próximos dois anos, diante do quadro econômico e político desafiador, mas sim algumas mudanças, como uma reforma em regras para o serviço público para novos funcionários e em medidas para reduzir a complexidade da carga tributária, o que poderia aliviar a pressão sobre as finanças públicas e impulsionar o investimento privado no médio prazo, na opinião da S&P Global.

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