PMI Industrial do Brasil sobe a 53,7 pontos em maio, revela IHS Markit
O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil subiu para 53,7 pontos em maio, após 52,3 pontos em abril, conforme a IHS Markit. Ainda acima da marca de 50,0, o que indica expansão da atividade, o PMI do mês representa uma melhoria adicional na saúde do setor.
De acordo com a IHS Markit, o resultado se deve ao crescimento renovado dos índices de produção e de novos pedidos, juntamente com aumentos sustentados nos índices de emprego e de estoque de insumos. As empresas também notaram um aumento modesto nas vendas, o que as encorajou a ampliar a produção, comprar mais insumos e contratar mais trabalhadores, com a segunda alta consecutiva no índice de emprego. Enquanto isso, o desempenho dos fornecedores piorou nitidamente, ainda que ao patamar menos elevado em dez meses.
“Houve uma recuperação sólida no otimismo dos negócios, e várias empresas planejam lançar novos produtos e aumentar o investimento. Mas os problemas da cadeia de suprimentos permaneceram atuais, com muitas empresas sinalizando atrasos graves no recebimento. Os fabricantes dividiram parte dos custos adicionais com os clientes. Embora isso seja esperado, uma vez que as empresas protegem as margens dos aumentos de custos, a demanda pode sofrer um impacto nos próximos meses”, afirma em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima.
Fabricantes de produtos relataram um crescimento no volume de novos pedidos durante o mês de maio, associado ao fortalecimento das condições de demanda. O aumento foi o primeiro em três meses, apesar de moderado. Após cair por dois meses, o índice de produção geral de fábrica registrou aumento, também moderado.
A demanda internacional por produtos brasileiros teve alta marginal pelo quarto mês consecutivo, e os participantes da pesquisa relataram crescimento nas vendas para outros clientes da América Latina e depreciação do real frente ao dólar. O nível geral de confiança, por sua vez, ficou acima da média de longo prazo, com expectativa de avanço na vacinação, diversificação de produtos, investimentos e redução de interrupções na cadeia ao longo dos próximos 12 meses.
Por pressão da escassez de matéria-prima e da depreciação do real, houve novo aumento nos custos de insumos. A taxa de inflação diminuiu ao menor patamar em dez meses, mas superou qualquer outra observada antes da pandemia, assim como os preços de venda.