Secretaria de Saúde recebe 3 mil vacinas contra febre amarela
A partir de amanhã, os postos de vacinação do município disponibilizarão mais três mil doses da vacina contra a febre amarela, destinadas aos moradores que viajarão no Carnaval para regiões que sofrem com a epidemia. Essa remessa extra da vacina foi encaminhada pelo Estado, mas o município alerta que, como em Petrópolis nunca foram registrados casos da doença, o município segue as diretrizes repassadas pelo Ministério da Saúde: a imunização é indicada apenas às pessoas que irão viajar para regiões silvestres, rurais ou endêmicas com casos comprovados da doença.
Após ter um recorde de vacinação no último mês, com 2.200 doses ministradas, o secretário de Saúde, Silmar Fortes, alerta que, por dia, a capacidade de aplicação de vacinas é de 400 pessoas por dia.
“A vacina da febre amarela só é aplicada no Setor de Epidemiologia, localizado no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, justamente por ser uma vacina de imunização restrita. Nós iremos fazer essa logística de aplicação em caráter experimental, mas já estamos avaliando a possibilidade de se aplicar a vacina em outros pontos.”, anunciou.
Os moradores que forem para regiões com risco de contaminação pela febre amarela devem estar atentos ao prazo de imunização contra a doença. Isto porque a pessoa que toma a vacina só fica protegida depois de 10 dias que recebeu a dose.
O infectologista do Departamento de Doenças Infecto Parasitárias (DIP), Antonio Luiz Chaves Gonçalves explicou que a vacina contra a febre amarela é contraindicada em alguns casos, como em crianças menores de 6 meses de idade, gestantes, idosos acima de 60 anos, mulheres que amamentam crianças de até seis meses (se receberem a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação ou no mínimo 15 dias) e pessoas com doenças autoimunes ou doença neurológica.
“A recomendação médica é que esses pacientes evitem as áreas com o surto da doença. Mas, em caso de extrema importância de viagem, um médico deverá avaliar o risco/benefício da vacinação para esses grupos, levando em conta o sério risco de eventos adversos. Nesses casos, a vacinação só será realizada mediante prescrição médica e a mesma ficará retida na unidade onde a vacina for aplicada.”, comunicou.