• Geólogo faz restrições a projeto da CPTrans

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  • 12/02/2017 07:00

    O projeto da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes para viabilizar mais rapidamente a ligação Bingen-Quitandinha, sem a necessidade de as intervenções serem realizadas apenas após a conclusão das obras da nova pista de subida da serra, tem detalhes que “são geologicamente desaconselháveis”. A afirmação é do geólogo Johannes Hinrich Stein e refere-se à parte do projeto que prevê a utilização das ruas Bahia, Vassouras e Paula Buarque, na área do Quitandinha conhecida como Amazonas.

    Segundo Johannes Stein, o terreno na região é muito inclinado e suscetível à erosão, o que exigiria do poder público grandes e onerosas intervenções de contenção. Para ele, a melhor opção seria aproveitar a via existente, já utilizada por veículos que saem do Quitandinha em direção ao Bingen, criando uma mão inversa e, ao invés do desvio para a região do Amazonas, construir um viaduto que garanta o acesso direto ao Quitandinha. 

    “Antes mesmo das eleições municipais tive a oportunidade de conversar com o então candidato e hoje prefeito Bernardo Rossi. Na época, falamos sobre a importância da criação da ligação Bingen Quitandinha. É uma obra essencial para a cidade, com impactos positivos na mobilidade urbana e na economia local. Ele reconhece essa importância e está trabalhando para tirar essas obras do papel o quanto antes, mas realmente não é aconselhável a utilização deste trecho, como propõe a CPTrans. É uma área de riscos geológicos, de possíveis deslizamentos de encostas”, explicou. 

    Embora a ideia da construção do viaduto pareça muito mais onerosa, ele garante que a necessidade de intervenções no trecho proposto pelo município tornaria esta opção ainda mais cara. “É um trecho pequeno e a intervenção teria impacto positivo para toda a cidade. Sairia mais barato construir o viaduto do que fazer as contenções na região do Amazonas”, garantiu, defendendo que, futuramente, sejam realizadas obras para alargamento do túnel. “É importante que o governo municipal crie uma comissão com arquitetos urbanistas, engenheiros civis especialistas em estradas, geólogos e ambientalistas para discutir a fundo esta proposta”, finalizou.     

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