• ‘Espero que seja o primeiro de muitos títulos’, diz técnico Crespo

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  • 23/05/2021 20:05
    Por Estadão

    O mês é fevereiro e Hernán Crespo chega ao clube como uma aposta num ambiente cercado de incertezas no Morumbi. Passados três meses, e com a conquista do Campeonato Paulista diante do Palmeiras, o objetivo agora é outro: iniciar uma nova era de conquistas no São Paulo.

    Ainda no gramado do Morumbi, após a vitória sobre o Palmeiras, o treinador fez uma chamada de vídeo com suas filhas, que moram na Itália. O treinador é pai de três meninas: Nicole (16 anos), Sofía (14) e Martina (5) com a modelo italiana Alessia Rossi. Eles se casaram em 2005, mas se separaram em 2019.

    “Estava falando com minhas filhas. Elas estavam no computador torcendo pelo São Paulo. Apesar da distância, elas estavam muito perto. Quero que venham aqui para olhar o amor que o Brasil e o São Paulo estão me dando. É um amor muito grande. Quero devolver todo esse amor e o respeito que toda a torcida do São Paulo vem dando para mim. É uma sensação muito forte”, afirmou o treinador, emocionado, em entrevista à Globo.

    Em sua segunda conquista como treinador – a primeira foi a Copa Sul-Americana com o Defensa y Justicia, Crespo conseguiu encerrar o jejum do São Paulo que já durava quase nove anos – a última conquista havia sido a mesma Copa Sul-Americana em 2012. “É muito tempo para um gigante do Brasil. Espero que seja o primeiro passo, o primeiro título de muitos”, disse o argentino.

    Apesar de não figurar entre os títulos prioritários em comparação com os outros torneios da temporada, o Paulistão deste ano adquiriu relevância na administração do mandatário Julio Casares por dois motivos: o primeiro é ganhar uma taça que não vem para o clube desde 2005. E o outro é justamente recolocar o São Paulo na trilha de conquistas de âmbito nacional e internacional.

    Para Crespo, a conquista é sinônimo de tranquilidade e respaldo para o restante da temporada. Vale o mesmo raciocínio para a diretoria, que tomou posse em janeiro. Foi por isso que o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, usou a expressão “Copa do Mundo” para se referir ao torneio. Um troféu se tornou ainda mais urgente depois da campanha no Campeonato Brasileiro do ano passado. Depois de abrir sete pontos na liderança, o time do Morumbi perdeu um título que esteve bem próximo.

    Essa obsessão orientou o planejamento da comissão técnica desde o início do torneio. Nas fases agudas, ele ficou ainda mais evidente. Com o aval dos diretores, o time poupou os titulares nos dois últimos jogos da Libertadores (Rentistas e Racing). Hoje é o segundo colocado da chave. Tudo para que o time principal fosse preservado para os dois jogos da decisão.

    Dono da melhor campanha entre todos os times na primeira fase, (27 pontos e aproveitamento de 75%) o novo comandante manteve o time focado nos dois jogos de mata-mata do torneio. Foram oito gols marcados nos triunfos sobre a Ferroviária (4 a 2 nas quartas) e Mirassol (4 a 0 nas semifinais) e uma equipe com a confiança lá em cima com a classificação antecipada na etapa de grupos de Libertadores. Nos clássicos, o desempenho também foi favorável. Vitória sobre o Palmeiras em pleno Allianz, goleada para cima do Santos atuando como mandante e um empate na Neo Química Arena contra o Corinthians.

    Agora é hora de voltar a pensar na Libertadores. Terça-feira, o time enfrenta o Sporting Cristal, na última rodada da fase de grupos da Libertadores. O São Paulo é segundo colocado da chave, atrás do Racing. “Trabalharemos. Hoje à noite se festeja, mas temos um jogo da Libertadores dentro de 48 horas”, lembrou.

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