• Proposta de subsídios para empresas de ônibus é estudada em caráter temporário, diz presidente da CPTrans

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  • 21/05/2021 20:52
    Por Luana Motta

    A proposta de subsídio oferecida pelo governo interino às empresas de ônibus está sendo estudada a curto prazo. Em entrevista à Tribuna, Luciano Moreira, diretor-presidente da Companha Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), disse que a medida é para evitar que as empresas entrem em colapso por falta de recursos e deixem de oferecer o serviço à população. No longo prazo, a medida pode ser inviável.

    Em tentativa de acordo com as empresas de ônibus para a retomada total da frota na cidade, o governo interino propôs arcar com os valores das gratuidades. A notícia dividiu opiniões, já que a proposta beneficiaria o passageiro com a redução da passagem de ônibus de R$ 4,40 para R$ 4,20; mas, por outro lado, esse subsídio seria retirado dos cofres públicos e ainda não há definição de qual recurso será destinado para esse fim.

    Segundo Luciano, a medida é em caráter emergencial, já que as empresas alegam um grave desiquilíbrio econômico. “Precisamos resolver de maneira imediata. A gente entende isso e observa os prejuízos consecutivos. Se fossemos recalcular a tarifa hoje, seria um negócio astronômico, porque tem muito menos pessoas andando no transporte público, e por isso entendemos que precisamos fazer alguma coisa”, disse. Para Luciano, maior preocupação é com o colapso do sistema pela falta de recursos e a consequência seja que a população fique sem o serviço.

    Pandemia dificulta implantação de alterações de grande impacto, diz Luciano

    Para o presidente da CPTrans, é possível fazer alterações viárias com o objetivo de melhorar a mobilidade do transporte coletivo, mas a prioridade da malha viária não é apenas do transporte público. “A gente concorda que precisa ter alterações viárias, mas tem que ser feito com responsabilidade. Não podemos ignorar as outras necessidades da cidade além do transporte público, então é necessário priorizar sem prejudicar os demais meios”, disse.

    Segundo Luciano, há projetos criação de faixas exclusivas e nova sinalização nas Ruas Washington Luiz, Paulino Afonso e Coronel Veiga, além da Estrada União e Indústria, na reta de Itaipava até o Terminal de Itaipava. Projetos semelhantes, inclusive, aos que foram apresentados pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro). Essas medidas, no entanto, segundo Luciano, não tem previsão para serem executadas.

    “A pandemia afeta a forma como as pessoas se deslocam. Quando coloco uma ação dessa sem ter os números exatos sobre como seria uma cidade na sua normalidade. Daqui há alguns meses teríamos que rever os projetos. Então infelizmente a pandemia afeta a capacidade de execução”, disse.

    CPTrans vai instalar controladores de velocidade no Centro

    A curto prazo, Luciano adiantou que a Companhia vai instalar controladores de velocidade na Rua Washington Luis, no Centro. Trecho onde, há alguns anos, haviam radares. Por meio de câmera, o equipamento vai registrar o veículo e a velocidade com que ele passou pelo trecho. O objetivo é cruzar essas informações em operações de fiscalização da companhia.

    Outra novidade é a instalação de semáforos inteligentes, que fazem o monitoramento dos veículos que passam pelo equipamento com o objetivo de criar parâmetros para melhorar a sinalização e fluidez no trânsito.

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