Construção da passarela na entrada de Araras está parada desde o ano passado
A construção da passarela no Km 65 da BR-040, na altura da entrada de Araras, continua paralisada. No fim do ano passado, a Concer, concessionária responsável pela rodovia que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora, fez a fundação da estrutura em ambos os lados da via, e determinou o prazo de 120 para o término das obras. O problema é que nada além disso foi realizado. A demora para a conclusão da intervenção e, a incerteza se de fato ela será finalizada preocupa os moradores e frequentadores da região. Isso porque acidentes graves, em sua maioria atropelamentos, já foram registrados no local onde muitas crianças circulam.
Por se tratar de uma rodovia o fluxo de carros em alta velocidade é intenso, o que coloca em risco quem precisa atravessar a pista para poder utilizar três escolas que existem na Região, composta por quatro comunidades apenas do lado direito da rodovia, sentido distrito. A passarela seria a única solução para o problema, e segundo a vice-presidente do projeto Seely, Ana Cristina Eleutério foi solicitada antes da passarela construída em frente ao Colégio IPAE e a Feirinha de Itaipava.
A situação é insustentável principalmente para pessoas que possuem deficiência visual e frequentam um projeto na região. Como não há passarela e atravessar é um risco extremo principalmente para este público, o jeito é literalmente fazer um passeio de ônibus. Isso porque quem mora em Bonsucesso precisa ir até a Rodoviária do Centro de Petrópolis, e voltar para a BR-040 na altura do Km 65, para conseguir descer no ponto que não exige que a pessoa cruze a pista.
“Não entendo como uma luta de cerca de 40 anos legítima, e que vai beneficiar milhares de pessoas pode ser negligenciada dessa forma. São tantas crianças por aqui e perdemos o sono. Minha filha inclusive tem apenas 13 anos e faz esse trajeto diariamente. Nas férias o tráfego de carros e número de pessoas no local diminui, mas quando as aulas voltam é um verdadeiro inferno. Muito complicado. Temo pela minha filha e por todas as outras pessoas”, disse Ana Cristina.
No final do ano passado uma manifestação chegou a ser realizada na região. Na ocasião, moradores se mobilizaram e fecharam a pista sentido Juiz de Fora, no Km 65. Eles usaram pneus, sofás velhos e outros materiais para fechar a pista e colocaram fogo para impedir a passagem dos veículos. Nem assim a obra teve continuidade.
A Concer infomrou que vai retomar a obra da passarela na segunda quinzena de fevereiro, com previsão de concluí-la em 100 dias.