Desconforto moral

Palavras. Palavras. Palavras.

E. ai? Protestamos, procuramos compreender o que está acontecendo, em pura perda.

Nenhum raciocínio minimamente lógico consegue assimilar o tanto do desconforto moral que nos assusta.

 Amedronta.

Rasga as cartilhas antigas do bom comportamento e as leis sagradas ditadas por séculos e séculos em crenças na existência de um coletivo perdão infinito.

Nosso país – deixemos de lado os outros, sempre recordando que o planeta é um só – expele, tal os vulcões em atividade, fumegantes lavas de destruição – aqui moral – assustadoramente cruéis, desumanas, por irresponsabilidade de nossa população.

E ela – que somos nós, é nosso povo – nenhuma culpa tem pelo que anda acontecendo porque a representatividade legal emprestada a inescrupulosos indivíduos é um caldeirão alimentado pelas piores más intenções e baixarias, contrariando tudo o que é de mais sagrado e nem tanto.

Buscar culpados é temerário porque nosso barco à deriva é um só e todos estão de corações enregelados nas balsas flutuando nos mares gelados da insensatez humana.

É! Momento de parar e retomar a indagação espetada nas gargantas asfixiadas por uma pandemia mundial: – Brasi! Que país é este?!

E, quem sabe?! Melhor será buscar soluções, que não podemos discutir simplesmente pelo fato de nossa voz estar expelida por gargantas impregnadas da pior imundice política da qual se tem notícia na história do Brasil, pelo nosso voto, pela má formação de nossa gente, à qual é negado o mínimo direito à alfabetização, desde aquela do beabá como a do conhecimento básico dos verdadeiros conceitos de soberania, democracia, respeito, consideração, amizade, amor…

Cultura, gente, cultura, enfim, em toda a sua amplitude e gerida corretamente.

Não sei para onde irão as nossas pernas diante da nova civilização que estará surgindo no final da hecatombe sinistra do covid.19, sabedores todos nós que a ciência dá passos de gigante sempre que a humanidade se vê fustigada por guerras. Infelizmente, porém, na vertente contrária, os demônios da cobiça medram novas sociedades corruptas ao disputarem com os massacrados ratos o patrimônio negro deixado pelo rescaldo dos combates.

E outra coisa não está acontecendo senão um estado de guerra no qual estamos inseridos e somos soldados sem armas e munições de choque, mas clamando por racionalidade e sensatez, humanidade (gente, humanidade!) e que uma nova filosofia de vida substitua a tudo o que até agora, tem dado errado em todos os sentidos.

Defendam as crianças e coloquem os lunáticos nos hospícios de recuperação.

Ah, e os péssimos e irresponsáveis políticos? É uma pergunta? O que fazer com eles? No momento, apenas ter dó do que andam fazendo de lambanças e, nos pleitos que estão próximos, alijar a corja em exercício ou a que já aprontou demais, pelo VOTO. Sei lá…