• Petrópolis ganha projeto de um novo Centro Tecnológico no Quitandinha

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  • 29/01/2017 09:00

    Um novo Centro Tecnológico deve começar a ser construído no Quitandinha, ao lado do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), ainda no primeiro semestre deste ano. O projeto engloba a construção de dois blocos empresariais, dois residenciais e um hotel, em uma área de 12 mil metros quadrados. A implantação, que tem custo estimado de R$ 60 milhões, já tem a aprovação de todos os órgãos municipais e estaduais. O objetivo é aquecer ainda mais o setor de Tecnologia da Informação (TI) naquela região, onde também estão localizadas instituições como o Núcleo do Polo Tecnológico, a Faeterj e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

    Atualmente, existem 260 empresas do setor instaladas na cidade. Juntas, elas formam o Parque Tecnológico da Região Serrana, que fatura R$ 600 milhões por ano. O ramo vem se fortalecendo a cada ano e a ideia é que o setor movimente a economia de Petrópolis, tanto quanto o turismo, no futuro. 

    O arquiteto e urbanista Guilherme Lima, sócio da construtora Engeprat, responsável pela elaboração do projeto do Centro Tecnológico, disse que enxergou neste segmento um nicho importante para o mercado petropolitano e logo percebeu que há a necessidade de ampliação desses espaços para atrair ainda mais empresas do ramo. O projeto vem sendo estudado desde 2013, mas foi necessário pedir uma série de autorizações para órgãos como o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e o Instituto Chico Mendes (ICMBio). 


    A primeira fase do projeto da Engeprat prevê a construção dos blocos comerciais, com 22 lojas, que devem ser destinadas ao setor de serviços, além de 78 salas comerciais voltadas para as empresas que trabalham com TI. Depois, será construído o hotel com 60 suítes, espaço para convivência e um Centro de Convenções, com capacidade para atender até 500 pessoas. “Ainda não é o que a cidade precisa, mas o objetivo é atender a demanda das empresas que estarão instaladas naquele núcleo” afirmou. 

    Posteriormente, começará a construção dos blocos residenciais, com 64 apartamentos. Porém, o arquiteto destacou que, caso haja necessidade, esta área também pode se tornar comercial. Guilherme considera o Quitandinha como uma região estratégica, que além de reunir outras instituições na área de tecnologia, também está próxima da Rodovia BR-040 e tem capacidade para ser ainda melhor. “O bairro é tradicional, mesmo que esteja abandonado”, disse, sugerindo que sejam feitos investimentos em reurbanização. “É uma área onde as ruas são largas, o que possibilita a implantação de ciclovias, por exemplo”, acrescentou.

     

    A presença desse prédio onde vai funcionar o Centro Tecnológico, tem outro papel importante para o município, que é o de contribuir para a descentralização de serviços e, consequentemente, para que haja mobilidade urbana no município. Uma vez que exista a oferta de serviços no bairro, o morador do Quitandinha não vai precisar vir ao Centro da cidade para resolver tudo. 

    Para Jonny Klemperer, membro do Conselho Gestor do Polo Tecnológico, a construção desse espaço é fundamental. “As empresas que querem vir para a cidade procuram algumas condições essenciais, como mão de obra qualificada, um clima agradável, segurança, conectividade e um bom espaço para abrigá-las. Hoje, não temos mais espaço no Núcleo Empresarial do Quitandinha. Então a instalação desse projeto, perto do LNCC, que é o âncora do setor na cidade, vem para somar neste momento”, declarou. 

    Investimento em infraestrutura é indispensável para fortalecer o Polo Tecnológico 

    Augusto Gadelha, diretor do LNCC, acredita que alguns investimentos são indispensáveis para desenvolver o setor de tecnologia em Petrópolis, mas também afirma que o processo de fortalecimento não acontece de uma hora para a outra. Ele aponta a área de infraestrutura como maior entrave para o desenvolvimento da área de tecnologia na cidade. Para ele, é preciso melhorar a conectividade, por exemplo. A qualidade da rodovia BR-040, também é fundamental para o setor, porque liga a cidade ao Rio de Janeiro e vice-versa. 

    A mão de obra qualificada é outra preocupação para Gadelha. Ele acredita que é preciso melhorar a formação dos estudantes na cidade, tanto no que diz respeito ao Ensino Médio, quanto ao Nível Superior. “As empresas vão para onde têm profissionais competentes”, ressaltou. 

    Por fim, ele acredita que é preciso investir também na área de segurança, embora este já seja um diferencial do município. “Tem muita gente querendo vir para Petrópolis, morar na cidade”, declarou, argumentando que esta área exige uma preocupação constante.


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