• Interino exalta trabalho no Santos: ‘Antes não chutávamos uma bola em gol’

  • 07/05/2021 06:30
    Por Felipe Rosa Mendes / Estadão

    Treinador interino do Santos desde a demissão de Ariel Holan, Marcelo Fernandes faz uma avaliação positiva de sua breve passagem no comando da equipe. Apesar das duas derrotas e de um empate em quatro jogos, o auxiliar técnico permanente do time vê evolução: “antes não chutávamos uma bola em gol”.

    Fernandes deve retomar suas funções de auxiliar porque o Santos chegou a um acordo com Fernando Diniz ainda na quinta-feira, poucas horas antes da derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, no clássico disputado no Allianz Parque. O novo treinador deve ser oficializado nos próximos dias.

    O revés no clássico causou a eliminação precoce do Santos no Paulistão. Além disso, deixou a equipe em situação de risco na rodada final. Se perder para o São Bento, no fim de semana, o time da Vila Belmiro será rebaixado.

    “A responsabilidade é de todos”, destaca Fernandes, ao ser questionado sobre sua cota de responsabilidade sobre os resultados do time no Estadual, mesmo quando era auxiliar de Ariel Holan. “Nós dávamos as nossas opiniões, mas a decisão final era dele. Agora, à frente da equipe, assumo toda a responsabilidade.”

    Na sua avaliação, o time mostrou evolução nos quatro jogos sob o seu comando. “Peguei a equipe há três rodadas, não chutávamos uma bola em gol, não definíamos uma jogada. Hoje tivemos 22 finalizações. Estamos procurando fazer o melhor para ajudar o Santos”, argumenta.

    Fernandes também exalta a defesa, apesar dos dois gols sofridos no Allianz Parque, um deles em lance de bola aérea, um velho ponto fraco santista. “Nos últimos dois jogos, tivemos uma evolução muito boa neste aspecto”, afirma o auxiliar. “O time é seguro na defesa. A gente não está aqui para achar culpado. Foram bolas nas extremas. Estávamos trabalhando isso e até colocamos jovens jogadores para evitar este tipo de jogada. Infelizmente, aconteceu. Agora é hora de dar calma para essa molecada.”

    Ele culpa o ano tumultuado do Santos pelos resultados abaixo do esperado. “Foi um ano de troca de gestão, em que perdemos muitos jogadores, teve punições da Fifa, muitos meninos. Chegou um treinador novo, que tentou implantar sua filosofia. E houve essa troca de treinador. Isso tudo influencia. Agora é hora de ter calma, ter tranquilidade. Ficar esses dias trabalhando bastante para que no domingo o Santos faça o jogo de sempre em casa, com um grande resultado.”

    Sobre a chegada de Diniz, Fernandez diz ter sido pego de surpresa. “Não sei absolutamente nada sobre a chegada do Fernando Diniz. Para mim, não chegou nada. Estava com a cabeça no jogo de hoje. Logicamente, se tivesse alguma coisa, o presidente ou alguém da diretoria nos teria comunicado. Se o Fernando vier, estaremos todos de braços abertos para recebê-lo, não só ele, como qualquer treinador, o que é de praxe no estafe do Santos.”

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