Radar de Petrópolis mostra condições de voo no momento do acidente com Teori

Os radares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Pico do Couto (DCEA-PCO), que fica no Rocio, em Petrópolis registraram imagens das condições climáticas da região de Paraty, no momento em que o avião que transportava o ministro Teori Zavascki caiu no oceano, na última quinta-feira.

As imagens, interpretadas por meteorologistas, mostram grandes formações de nuvens carregadas e ocorrência de chuva no sul da Costa Verde do Estado. 

Apesar de não caber ao DCEA investigar esse tipo de acidente, os radares da aeronáutica, que têm equipamentos de ponta em funcionamento em Petrópolis, auxiliam pilotos e centrais de controle quanto ao monitoramento do espaço aéreo num raio de 400 quilômetros. 

“Na verdade não somos um órgão operacional. Não monitoramos ações climáticas, apenas temos os equipamentos par isso. Essas informações do nosso radar entra no sistema meteorológico da Força Aérea Brasileira e está disponível virtualmente para o público. Esse radar que registrou as condições climáticas do momento do acidente é o que usamos em toda a comunidade aeronáutica para garantir a segurança do voo”, explicou o comandante da unidade, Pedro Morsch Mazzoni. 

A área de jurisdição do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Pico do Couto (CINDACTA) engloba 400 km no entorno da Unidade Militar, que fica a 1.780 metros de altitude. Tal área engloba, inclusive, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória, maiores capitais do país.

Além do Radar Meteorológico, o DTCEA-PCO possui outros três radares diretamente ligados ao Controle de Tráfego Aéreo e a Defesa Aérea. Por ele são feitas comunicações com torres de controle e pilotos de avião sobre condições de segurança e monitoramento do espaço aéreo. 

O Destacamento, fundado em 1975 foi uma das unidades essenciais para a segurança aérea das Olimpíadas Rio 2016.