Após informar atropelamento na BR-040, família esclarece: colisão entre bicicletas

A história de Luís Alberto Silva, supostamente atropelado na BR-040, próximo à entrada do bairro Vila Rica, em Pedro do Rio, tem novas informações sobre as causas do acidente. A família, em um primeiro momento, havia informado se tratar de um atropelamento, diante de informações preliminares recebidas, pelo estado da bicicleta e pelo estado de saúde de Luís, diagnosticado com traumatismo craniano e sedado no Hospital Santa Teresa.

Porém, após repercussão do caso, os familiares da vítima informaram que o rapaz envolvido no acidente com Luís teria ido até à residência da família, no início da noite desse domingo, para explicar o que realmente havia acontecido. Segundo Alan de Oliveira, enteado de Luís, o rapaz declarou que o acidente foi uma “colisão de bicicletas”, e não um atropelamento, e que ele (o rapaz envolvido no acidente) estaria com mais cinco pessoas. Isso também foi confirmado pela Concer, concessionária que administra a via.

A família informou que o boletim de ocorrência foi registrado nesse domingo, no início da tarde, e que diante das informações que tinham naquele momento, informaram aos policiais ter se tratado de um atropelamento com omissão de socorro.

“Foi um acidente muito forte e que causou um estrago muito grande no meu pai para ser apenas uma colisão de bicicletas. O outro rapaz não tem nada, está bem. Assim como todos querem saber, nós também queremos saber o que realmente aconteceu. Queremos ver as imagens que podem ter registrado o acidente. A gente, agora, fica na dúvida”, desabafa Alan.

De acordo com a Concer, o inspetor de tráfego da concessionária avistou a ocorrência envolvendo a colisão entre bicicletas, quando fazia a ronda no outro sentido da pista, altura do km 54. De acordo com a empresa, ele acionou o serviço médico da concessão, mas ao chegar no local, depois de fazer o retorno, encontrou apenas uma vítima. Os demais ciclistas já tinham ido embora. A vítima foi levada para o Hospital Santa Teresa, seguindo o protocolo de atendimento.

A equipe da Tribuna também entrou em contato com a Polícia Civil, que informou que a 106ª Delegacia Policial segue com as investigações sobre o caso. Diligências seguem em busca de imagens de câmeras de segurança e testemunhas para esclarecer os fatos.

Após a repercussão do caso, a família também lamentou os ataques recebidos nas redes sociais, por Luís não passar pela passarela da região.

“Nós estamos recebendo muitas críticas sobre o fato dele estar na contramão e não andando com a bicicleta na passarela, mas a bicicleta dele é um triciclo, e não passa por ali. Só uma bicicleta ‘normal’. Tem uns ferros no meio da passarela, que foram colocados justamente pra evitar a passagem de motos e preservar os pedestres, então é muito dificultoso passar por ali com esse triciclo, não tem como. É o único trajeto que ele tem pra fazer. É esse trajeto que ele faz todos os dias há oito anos. Quando sobre um dinheirinho, ele até pega um ônibus pra trabalhar, mas com a questão da pandemia, ele ficou com medo”, disse Alan.