• Manchester City bate Tottenham e conquista a Copa da Liga Inglesa pela 8ª vez

  • 25/04/2021 14:53
    Por Ricardo Magatti, especial para a AE / Estadão

    O Manchester City derrotou o Tottenham por 1 a 0 neste domingo, com gol de um herói improvável, o zagueiro Laporte, e conquistou a Copa da Liga Inglesa diante de cerca de oito mil torcedores em Wembley. O time do técnico multicampeão Pep Guardiola venceu a competição pela quarta vez seguida e igualou o Liverpool como o maior campeão do torneio, com oito títulos.

    Em sua trajetória vitoriosa na Copa da Liga Inglesa, o Manchester City, acostumado a empilhar taças nas últimas temporadas, deixou pelo caminho Bournemouth, Burnley, Arsenal, Manchester United e o Tottenham neste domingo. Capitão, o brasileiro Fernandinho ergueu a taça. Os outros troféus foram levantados em 1970, 1976, 2014, 2016, 2018, 2019 e 2020.

    O City ainda tem a possibilidade de conquistar outras duas taças neste ano. Isso porque está na semifinal da Liga dos Campeões, na qual vai enfrentar o PSG, e lidera o Campeonato Inglês com dez pontos de vantagem para o vice-líder Manchester United restando cinco rodada para o fim da competição.

    Foi o nono título de Pep Guardiola à frente do time de Manchester. Além das quatro Copas da Liga Inglesa, ele também venceu duas vezes o Campeonato Inglês, uma Copa da Inglaterra e duas Supercopas. O espanhol ainda ostenta outras conquistas pelo Barcelona e Bayern de Munique.

    O Tottenham tem quatro títulos da Copa da Liga Inglesa e não levanta um troféu há 13 anos. A equipe de Londres foi comandada por Ryan Mason, ex-jogador que assumiu o time interinamente após a demissão de José Mourinho. Ele quebrou recorde de treinador mais jovem da história da Premier League, com 29 anos e 312 dias.

    Quase oito mil torcedores puderam assistir ao duelo presencialmente em Wembley. Foi o maior público desde o início da pandemia, em março de 2020. O jogo fez parte de uma série de testes do governo britânico, que tem relaxado as restrições sanitárias. No estádio, foram dois mil torcedores do City, dois mil do Tottenham e quatro mil moradores da região de Wembley. Todos tiveram de mostrar testes negativos de covid-19.

    Em campo, o City dominou completamente o Tottenham, que demitiu seu treinador uma semana antes da decisão. Isso ficou claro pelo volume de jogo, posse de bola e número de finalizações. Foram 21 arremates da equipe de Guardiola, sendo quatro em direção ao gol, contra apenas dois dos londrinos, somente um no gol defendido por Steffen. Esta conclusão, aliás, que saiu dos pés do meio-campista argentino Lo Celso, levou muito perigo e obrigou o goleiro a se esticar para fazer bela defesa.

    O City martelou durante quase toda a partida, manteve sua obsessão por ter a bola e foi premiado pela insistência em atacar um rival que se defendeu na maior parte do tempo. Aos 36 minutos do segundo tempo a bola entrou. Laporte, zagueiro que substituiu o suspenso Stones, marcou de cabeça após cobrança de falta de De Bruyne e se tornou o herói improvável da final.

    Depois disso, o Tottenham tentou sair para o ataque, mas não levou perigo. O City ainda balançou as redes mais uma vez com Mahrez após assistência de Phil Foden, mas o gol foi anulado porque o jovem atacante estava em posição de impedimento antes de dar o passe.

    Gabriel Jesus e Agüero ficaram no banco de reservas. Pelo lado da equipe de Mason, Kane voltou depois de ser desfalque na liga inglesa, mas teve atuação discreta. Lucas Moura foi titular, mas também produziu pouco ofensivamente e acabou substituído por Bale aos 21 da etapa final. No fim, deu a lógica em Wembley, com o triunfo do melhor time tecnicamente, com mais recursos, e que se acostumou a levantar taças.

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