Secretário de Saúde vai à Câmara explicar dados do painel covid
“Se ainda há 10% de leitos de UTI vagos (como a prefeitura informa no painel covid) como as pessoas estão nos procurando apelando por vagas?”. A pergunta é do vereador Gil Magno e chega bem tardiamente porque tem mais de um mês que temos perguntando exatamente a mesma coisa, ecoando o que a população vem questionando porque está sofrendo na pele. Recentemente, segundo Gil Magno, uma pessoa morreu esperando vaga e outro só conseguiu internar depois de cinco dias. E teve caso em que o painel constava com 83% de ocupação de leitos de UTI, em Petrópolis, mas um paciente atendido na UPA seria transferido para o Rio.
Anota aí!
Aloísio Barbosa, secretário de Saúde, acabou marcando para quarta-feira uma reunião com os vereadores para explicar dados como esse. Preparamos uma listinha para ajudar nossos vereadores a perguntarem ao secretário: porque não tem vagas se o painel informa que tem? Quais os dados técnicos epidemiológicos que embasam a tomada de decisão de medidas restritivas? Porque não foi feito lockdown de 21 dias como ele mesmo defendia? Qual o índice de isolamento social na cidade?
Nada impede
Uma das falas para defender a gestão interina de Hingo Hammes contra a cobrança de falta de projetos de longo prazo é a “não sabemos quanto tempo estaremos à frente da prefeitura, aí não dá para planejar”. Partisans gostariam de saber onde está escrito, em qual legislação se encontra expressa a proibição para que mandatos interinos deixem de planejar a médio e longo prazo. Ainda mais um mandato interino que já anunciou que é candidato se houver eleições suplementares.
Cargos em comissão
O governo federal editou uma medida provisória que estabelece, sem aumento de despesas, novos critérios gerais para ocupação dos cargos em comissão e funções de confiança na União. São eles idoneidade moral e reputação ilibada e perfil profissional ou formação acadêmica compatível com o cargo. Também não podem ocupar estes cargos pessoas inelegíveis por lei.
Muitos sem formação
Mas, porque estamos tocando no assunto? Porque Petrópolis tem a Lei da Ficha Limpa, de autoria do prefeito interino Hingo Hammes, mas pode ter também uma nova lei que garanta a contratação de pessoas com formação compatível com o cargo. Porque o que não faltam são aberrações, inclusive no atual governo, de pessoas sem qualquer formação acadêmica comandando equipes onde é necessário expertise para tal. Quem sabe algum vereador que não tenham uma infinidade de nomeados no governo possa abraçar a causa?
Redução das emergências
É o tema que vem sido já discutido na Câmara de Vereadores. São cinco hoje as emergências na cidade, mas na visão dos parlamentares não adianta manter tudo aberto se não há médicos atendendo. Mauro Peralta foi bem sincero: “não sei se num ano eleitoral, com prefeito interino vamos ter foca pra fazer isso, mas no próximo ano é nossa obrigação”.
Presentes?
O vereador Marcelo Lessa lançou o desafio: qual deputado federal esteve visitando hospitais e pontos de apoio da covid em Petrópolis? Isso porque ano que vem, eleição chegando, a cidade dá pelo menos 110 mil votos a candidatos de outras cidades.
Contagem
Petrópolis está há 114 dias sem prefeito eleito pelo povo.
Moda e empreendedorismo
Dias 29 de abril e 5 de maio, o projeto Abrace, do Cefet/RJ campus Petrópolis, vai realizar o Ciclo de Rodas de Conversa “Empreender com moda: criação e tendências”. O evento, que é voltado para empreendedores que trabalham com moda e criação de roupas e acessórios, acontecerá em ambas as datas às 19h30, de forma online. As inscrições para o Ciclo, que são gratuitas, individuais e por evento, estão abertas a partir do link http://bit.ly/inscricoesabrace.
Evasão escolar
Se nossos governantes, interinos ou não, não estiverem pensando nisso, deveriam: a evasão escolar pós-pandemia. Já se discute em esfera nacional por organismos de apoio à educação e população em situação de risco que principalmente adolescentes depois de um ano, um ano e meio longe dos bancos escolares, não vão voltar.
Ainda o asfalto
Saindo agora a intervenção de R$ 35 milhões de asfalto, o que seria uma boa notícia – inclusive para deixar o prefeito interino Hingo Hammes bem na foto – acaba que está se tornando uma dor de cabeça para a prefeitura. Serão 59 ruas, um total de 277 quilômetros de pavimentação, mas já dá polêmica pelos distritos terem sido limados e porque ruas bem conservadas (ou menos piores) terão o recapeamento enquanto outras em petição de miséria foram deixadas de fora.
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