Colômbia não deve enfrentar estresse para financiamento externo, diz IIF
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirma em relatório que o déficit em conta corrente da Colômbia seguiu elevado em 2020 “e não encolherá neste ano, no âmbito de uma política fiscal expansionista”. Na avaliação do IIF, o país não deve enfrentar estresses para conseguir financiamento externo neste ano, mas para além dele precisará fazer um ajuste fiscal para reduzir o risco interno, “uma tarefa difícil diante das altas recentes no gasto público”.
O IIF afirma que o déficit em conta corrente da Colômbia superou 3% do PIB em 2020, um dos mais elevados entre os emergentes.
Segundo o instituto, o país mostra capacidade de lidar com esse déficit para enfrentar um choque global, mas também existe a possibilidade de desequilíbrios externos mais abrangentes, quando o crescimento se recuperar.
Para o IIF, a perspectiva para o país no médio prazo depende de uma normalização da política fiscal. Uma redução dos déficits fiscais em 2022 e adiante é algo “crucial” para gerenciar a dívida pública e reduzir riscos de financiamento externo, ressalta.
A meta de médio prazo é de déficit fiscal de 2,5% do PIB em 2022, de 8,6% neste ano, mas esse número deve ser revisado em breve. “Os detalhes do plano fiscal atualizado serão cruciais, especialmente antes de eleições no início do próximo ano”, acredita o IIF.