• Câmara aprova criação da Semana da Memória, Verdade e Justiça

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  • 17/02/2016 10:20

    A Câmara de Vereadores aprovou ontem a criação da Semana da Memória, Verdade e Justiça em Petrópolis. O projeto, apresentado pela Comissão Municipal da Verdade(CMV), tem como um dos objetivos esclarecer à população sobre os fatos e processos ocorridos e o papel desempenhado pelas instituições no período da ditadura militar no Brasil, entre os anos de 1964 e 1985. A ideia é que durante a semana sejam incentivadas atividades culturais, educacionais e de integração social nos espaços públicos, sindicatos,associações comunitárias,escolas, universidades, faculdades,centros culturais e outras entidades no âmbito do município de Petrópolis.Após ser aprovado pela Câmara, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Rubens Bomtempo para entrarem vigor. A proposta é que a semana seja instituída no calendário oficial da cidade e tenha início a partir do dia 1º de abril. Com isso, a CMV pretende também valorizar a história de luta dos trabalhadores,assim como o legado dos movimentos populares e sindical, já atuantes no início do século XX na cidade.Além disso, buscar resgataras identidades de luta política da sociedade petropolitana,por meio da memória e do reconhecimento de ativistas,militantes, figuras políticas e vítimas que defenderam a democracia e os direitos sociais e humanos.Também consta no projeto apresentado à Câmara tornar público as violações e omissões dos direitos humanos no município e expor como tema principal as prisões,abusos, torturas e assassinatos que aconteceram na Casa da Morte, residência localizada no Caxambu, para onde eram levados presos políticos.Regulamentada em dezembro do ano passado pelo governo municipal, a CMV tem um prazo de dois anos para concluir a pesquisa sobre os fatos ocorridos em Petrópolis durante o regime.No último dia 3 foi publicadono Diário Oficial o RegimentoInterno. A Comissão tem como presidente o professor Eduardo Stotz e é composta ainda por João Fabre dos Reis,a teóloga Maria Helena Arrochellas,a historiadora Rafane Paixão e o cientista social Roberto Schiffler Neto.

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