• Ministério e USP assinam convênio para pesquisar mortes violentas

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 30/03/2021 15:45
    Por Agência Brasil

    Um convênio assinado entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) possibilitará, por meio de autópsias, o desenvolvimento de
    pesquisas sobre a detecção do uso de álcool e drogas ilícitas entre as vítimas de mortes violentas.

    Ao todo, R$ 5,2 milhões serão disponibilizados por meio de financiamento para a aquisição de novos equipamentos. As autópsias serão feitas nos institutos médicos legais de Vitória (ES), Goiânia (GO), Recife (PE), Belém (PA) e Curitiba (PR), além de
    outras quatro cidades localizadas em algumas dessas regiões metropolitanas – Ananindeua (PA), Paulista (PE), Cariacica (ES) e São José dos Pinhais (PR).

    Segundo o Ministério da Justiça, “a pesquisa tem o objetivo de aprimorar o monitoramento de mortes relacionadas ao consumo de álcool e drogas no país e será uma importante ferramenta para programas nacionais de prevenção e controle de óbitos, tal como o projeto Drogômetro, que prevê a implementação de tecnologias para detecção do uso de drogas por parte de condutores de veículos”.

    Políticas públicas

    Em nota, o diretor de Políticas Públicas e Articulação Institucional da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Gustavo Camilo Baptista, disse que a parceria será relevante para subsidiar políticas públicas sobre drogas baseadas em evidências.

    “Em pesquisa anterior da própria USP, soubemos que 25% das vítimas fatais de acidente de trânsito na cidade de São Paulo tinham feito uso imediato de drogas antes da ocorrência no período estudado, e apenas 18% uso de álcool. Ao se entender estas correlações, podemos fazer desenhos mais adequados de programas e projetos que consigam diminuir estes indicadores “, afirmou.

    O estudo será coordenado na USP pela professora do Departamento de Medicina Legal, Ética Médica e Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina, Vilma Leyton; e pelo professor do Departamento de Medicina Preventiva, Heráclito Barbosa de Carvalho.

    Últimas