Biden: não estamos buscando confronto com China, mas haverá ‘dura competição’
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira, 25, que o governo americano não pretende adotar postura de confronto em relação à China, embora esteja ciente de que haverá “dura competição”. Em sua primeira coletiva de imprensa no cargo, o democrata disse, contudo, que o país trabalhará com os principais aliados para “responsabilizar” Pequim em áreas como Taiwan e as disputas no Mar do Sul da China.
O líder americano revelou que, quando foi eleito, conversou longamente por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, com quem diz ter mantido estreita relação na época em que era vice-presidente. Biden relatou que disse a Xi que, enquanto o gigante asiático violar crimes de direitos humanos, continuará chamando atenção da comunidade internacional para isso. “Xi Jinping não tem um osso democrático em seu corpo, mas é inteligente”, salientou, acrescentando que americanos prezam pela liberdade e pela democracia.
O chefe da Casa Branca ressaltou que a melhor forma de fazer frente ao avanço chinês é aumentar investimentos. De acordo com ele, a China tem investido muito mais que os EUA nos últimos anos. “A China tem o objetivo de longo prazo de se tornar o país líder no mundo. Não deixarei que isso aconteça sob minha vigilância”, garantiu Biden, que disse que divulgará um plano para infraestrutura em breve.
Sobre Coreia do Norte, o presidente comentou que os testes de mísseis conduzidos pelo regime de Kim Jon Un violaram uma resolução da ONU. Ele disse que está consultando aliados a respeito dos próximos passos e que responderá apropriadamente se Pyogyang escalar as tensões. “Estamos dispostos a engajar diplomaticamente”, assegurou.
Biden afirmou também que pretende concorrer à reeleição em 2024, com Kamala Harris como companheira de chapa, mas ponderou que ainda falta muito tempo para pensar nisso.