• Com risco de colapso na rede de saúde, Santa Mônica começa a funcionar como unidade de apoio contra covid

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  • 24/03/2021 20:39
    Por Luana Motta

    O Hospital Santa Mônica começou a funcionar nesta semana como uma unidade temporária de apoio ao combate à covid-19. Foram disponibilizados ao SUS 51 leitos – sendo 49 clínicos e duas unidades intermediárias com suporte de monitores e respiradores, que serão custeados com recursos economizados pela Câmara Municipal.

    A unidade foi requisitada administrativamente por um decreto municipal, publicado no último sábado (20). Os recursos da Câmara Municipal para custear a unidade somam R$ 675 mil pelos próximos três meses. Enquanto isso, uma força tarefa está sendo realizada para tentar junto ao Governo do Estado o credenciamento e regulação também desses leitos.

    Na última terça-feira (23), foi aprovado na Câmara Municipal um projeto de lei de autoria do presidente em exercício da Câmara, vereador Fred Procópio (PL), que declara o Hospital Santa Mônica como Unidade de Apoio ao Combate ao Covid-19. De acordo com Fred, na última sexta-feira, ainda sem definição sobre quais medidas restritivas que seriam tomadas pelo Governo do Estado, foi discutida a necessidade da abertura de mais leitos para evitar um colapso na rede.

    “A nossa preocupação era sobre quais medidas tomar se a curva continuasse subindo. O Governo do Estado adotou uma postura anti-lockdown e a Prefeitura do Rio montou uma frente de prefeitos, pedindo medidas mais restritivas. Isso criou uma guerra ideológica. Nós não queríamos entrar nisso e partimos para questão técnica. E a solução para o sistema não colapsar era a abertura de mais leitos”, disse.

    O município vem enfrentando aumento na ocupação também dos leitos clínicos. Nesta terça-feira (23), a ocupação dos leitos clínicos do SUS estava em 86,59%. Nesta quarta, com o acréscimo dos leitos, a taxa caiu para 62,41%.

    De acordo com o presidente em exercício da Câmara, houve registros de pacientes que tiveram alta da UTI, e não tinham para onde serem transferidos porque não havia vaga clínica disponível.

    Deputados articulam força-tarefa para regular leitos pelo Estado

    Sem orçamento municipal para abertura de novos leitos, a solução proposta foi usar parte dos R$ 3 milhões economizados desde o ano passado, pela Câmara Municipal. Os leitos ficam por conta do município por, pelo menos, três meses. Enquanto isso, em paralelo, uma força tarefa tenta a regulação dos leitos pelo Governo do Estado.

    O deputado federal Vinícius Farah (MDB-RJ) destacou a importância da ação coordenada para agilizar a disponibilidade dos leitos. Farah intermediou uma reunião entre o governador Cláudio Castro; o secretário de Saúde, Carlos Alberto Chaves; e representantes de Petrópolis.

    “Fomos ao governador Claudio Castro e ao secretário Chaves, mostrando não apenas a importância destes leitos para a cidade, mas já com a solução para que eles entrassem rapidamente em operação. Isto também contou com a colaboração da direção do Santa Mônica”, destacou.

    O deputado federal frisou a disposição dos vereadores em abraçar a causa e reverter os recursos economizados para esta ação. “É uma demonstração de coesão, de rápida ação e eficiência na execução”, avaliou.

    Atualmente, a Secretaria de Estado de Saúde faz a regulação apenas de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Farah e o o deputado estadual Sérgio Fernandes (PDT) estão intermediando junto ao Governo do Estado, junto com a Câmara Municipal e Prefeitura, para que o Estado faça o custeio também desses leitos.

    A Prefeitura esclareceu que a regulação destes leitos clínicos pelo Estado permitirá o recebimento de recursos específicos para custear essa estrutura. 

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