• Queiroga: presidente entendeu que deveria haver um médico à frente da Saúde

  • 24/03/2021 19:00
    Por Emilly Behnke e Mateus Vargas / Estadão

    O recém-empossado ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira, 24, que a escolha pelo seu nome ocorreu após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reconhecer que a pasta precisava ser liderada por um médico. O novo chefe da Saúde avaliou que assumir o comando do Ministério seria “uma grande responsabilidade em qualquer circunstância”.

    “O presidente entendeu que deveria ter um médico à frente do Ministério da Saúde”, declarou em entrevista coletiva no Palácio do Planalto nesta tarde. Queiroga assumiu a vaga do general Eduardo Pazuello, que se despediu hoje de sua equipe e indicou haver um complô político contra sua gestão.

    Nesta tarde, Marcelo Queiroga ressaltou que a crise sanitária afeta fortemente o País e que o principal compromisso de seu governo será a vacinação. Segundo ele, a forma de “frear a pandemia” é por meio da imunização.

    Ele explicou ainda a cerimônia surpresa e fora da agenda realizada ontem de forma reservada para a sua posse. “Eu solicitei ao presidente da República, que fizéssemos uma posse simples, uma posse sem cerimônias, uma posse sem solenidade, porque nós vivemos – como vocês sabem, tem tão bem divulgado – uma emergência sanitária de importância internacional que já dura mais de ano”, declarou.

    Médico cardiologista, Queiroga afirmou que para exercer a medicina é preciso se embasar na “ciência e humanismo”. O ministro citou ainda fala do Papa Francisco para reforçar que seu objetivo é cuidar das pessoas. O ministro pediu “um voto de confiança” da imprensa e apoio da população para solução de problemas no sistema de saúde – o qual defendeu também o fortalecimento. “Vamos olhar para frente”, disse.

    O ministro também destacou que pretende visitar hospitais para verificar as condições de assistência e rebateu insinuações de que ideia seria para checar se as pessoas estão de fato morrendo pela covid-19. O registro de óbitos pela doença já foi mais de uma vez questionado e colocado em dúvida pelo presidente Jair Bolsonaro.

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